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Sexta-feira ,26 Abril, 2024
Saúde

Unidade de saúde de Alcanede não vai encerrar, garante diretor do ACES Ribatejo

É improvável o encerramento da unidade de saúde de Alcanede (Centro de Saúde). A convicção é do diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Ribatejo (ACES Ribatejo) em declarações ao Portal de Alcanede.

O Portal recebeu recentemente vários pedidos, da parte de utentes desta unidade de saúde, no sentido de tentarmos apurar junto do ACES Ribatejo algumas respostas a dúvidas que têm dado origem ao receio de que a unidade Alcanedense, e que também serve os utentes de Gançaria, possa encerrar as suas portas.Incertezas que têm dominado as atenções dos Alcanedenses nos últimos dias.

Em resposta aos receios, Carlos Ferreira disse que não tem conhecimento da “existência de qualquer estudo que vá no sentido do encerramento da unidade de saúde de Alcanede, nem nunca ouvi falar dessa eventualidade que me parece improvável, face à população inscrita na unidade, à distância para o local onde se atende a doença aguda e ao próprio índice de envelhecimento da população”. Uma das preocupações mais escutadas entre a população é de que não existem médicos a tempo inteiro em Alcanede. Algo que é contrariado pelo responsável “essa unidade tem colocados dois médicos a tempo inteiro: Dr.ª Dulce Mateiro e Dr. Bispo Maia” e, segundo o diretor executivo do ACES Ribatejo, a unidade em causa “conta ainda com o contributo, em regime parcial, de mais dois: Dr.ª Ana Pinho e Dr. José Melancia”. Carlos Ferreira lembra também que “(…) como na unidade não estavam a ser realizadas, com assiduidade, consultas de Planeamento Familiar, de Saúde Infantil e de Saúde Materna, desde o passado dia 10 de Setembro que as mesmas se passaram a realizar, às 6ª feiras e sábados com equipa cooptada do exterior, composta por dois médicos e dois enfermeiros (das 8 às 13 horas ao sábado e das 14 às 19 horas à sexta feira) (…)”, cujo objetivo, refere, será de “mediante consulta previamente programada se garantir a cobertura de toda a população inscrita”.

Outra das questões colocadas a Carlos Ferreira prendeu-se com um episódio ali registado recentemente. Uma das médicas, que estava a tempo inteiro, ter-se -à apresentado ao serviço, mas pelo facto de ter terminado contrato ficou impossibilitada de continuar a dar o seu contributo profissional à unidade de saúde de Alcanede. Perante a pergunta: Se esta era uma situação razoável, quando a principal queixa dos utentes é a falta de clínicos e as dificuldades em conseguir marcar uma consulta? O diretor do Agrupamento de Centros de Saúde do Ribatejo disse que “no passado dia 30 de Setembro, foi-nos comunicado pela estrutura que nos dirige superiormente que no âmbito das medidas de contenção não era possível a renovação de um contrato de prestação de serviços com um médico que ali colaborava e que terminava nesse dia, (situação extensiva a outros locais, com outros contratos). Apesar de justificarmos que tínhamos todo o interesse na sua manutenção o argumento não foi acolhido”. Para fazer face a esta contrariedade foi convidado “(…) de imediato, o Dr. Melancia para aí colaborar, pelo menos um dia por semana, tendo o mesmo manifestado total recetividade”.

Em Novembro do ano passado, o diretor executivo do ACES Ribatejo disse, também ao Portal de Alcanede, que havia “uma disponibilização semanal de 111,5 horas de trabalho de pessoal médico”. Questionado sobre se esse indicador se mantem, o responsável admite que “as horas semanais atribuídas à unidade, em pessoal médico, estão à data de hoje em 93 horas”, uma diminuição de 18,5 horas por semana. Carlos Ferreira, garantiu ainda que “tudo tentamos fazer para que os serviços que dirigimos funcionem o melhor possível, certos que por vezes isso nem sempre acontece, mas que tal circunstância não deixa de ser por nós de imediato avaliada e corrigida sempre que temos conhecimento ou condições para isso”.

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