A presidente da Junta de Freguesia de Pernes não quer ver o agrupamento escolar ser anexado a Alcanede. Uma solução prevista na reorganização do mapa escolar do concelho, recentemente aprovada pela Câmara Municipal de Santarém.
Em declarações à Rádio Pernes, Salomé Vieira admitiu a agregação como inevitável, mas defendeu que seria mais lógico fazê-la com Santarém.
“Nada temos contra Alcanede, mas as nossas afinidades são com Santarém. E tendo em vista o Currículo Escolar pretendido, do pré-escolar ao 12.º ano, não faz sentido juntar dois agrupamentos que só vão até ao 9.º ano”, referiu.
A autarca lembrou ainda questões como as acessibilidades, ou a sobrelotação do agrupamento de Alcanede para defender essa agregação como “contra-natura”, motivos que levaram além da Junta de Freguesia local, também a Associação de Pais e o Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Pernes, a oporem-se à criação deste Mega-agrupamento.
Segundo Salomé Vieira, a curto prazo, não está prevista a ida de alunos para Alcanede mas, essa é uma questão que, no futuro, preocupa os pernenses.“A vereadora da educação transmitiu-nos que não vão ser encerradas salas de aulas em Pernes, mas numa perspetiva de futuro, corremos o risco de ver baixar o número de alunos e sermos obrigados a ir para Alcanede”, explicou. Nos próximos dias os pais dos alunos também serão ouvidos para que seja adotada uma posição mais ampla.
A decisão está tomada, e conta com o apoio da Câmara de Santarém, mas Salomé Vieira não dá o caso como perdido,“Penso que a decisão está tomada, mas vamos fazer tudo para que seja reversível. A junta de freguesia vai enviar uma carta à vereadora da educação, a repudiar a decisão de sexta-feira”, disse. A autarca lembrou ainda que “a nível nacional, há várias providências cautelares contra os agrupamentos escolares”.
Questionada ainda sobre se a decisão é irreversível? A autarca referiu que “Poderá ser ou não, consoante nós nos mexermos”.