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Sexta-feira ,26 Abril, 2024
Entrevistas

Helena Vieira: ” A construção do Centro Escolar reveste-se da maior importância para a freguesia de Alcanede”

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hvieiraEntrevista a Helena Vieira – Presidente do Agrupamento Vertical de Escolas e Directora da Escola EB 2,3 de Alcanede.

Portal Alcanede (PA) – Quais são as expectativas para este ano lectivo 2009/10?

Helena Vieira – Com o início de mais um ano lectivo há um conjunto de objectivos e projectos a que nos propomos, muitas vezes como o renascer de aspirações e anseios há muito desejados. Para o Agrupamento de Escolas de Alcanede tenho como primeiro objectivo a integração plena e feliz dos alunos no ambiente escolar: gostaria muito que cada um se sentisse integrado no seu grupo/ turma e na sua escola, como membro de pleno direito, respeitado e respeitador dos seus pares e de todos os elementos da comunidade. A nível académico gostaria que este ano lectivo contribuísse para o aumento das expectativas de formação dos alunos: é importante que cada aluno acredite em si próprio e na sua capacidade individual; que tenha presente que deve aproveitar as oportunidades que a escola oferece para que venha a ser um adulto profissionalmente realizado, podendo ascender a desempenhar a profissão que quiser, com qualidade, representando uma mais-valia para o País.

PA – Em relação ao ano passado, há mais alunos inscritos no universo do agrupamento?

Helena Vieira – O número de alunos do Agrupamento tem vindo a aumentar contrariamente à tendência demográfica do País. Frequentam o Ensino Pré-escolar – 260 alunos; o 1ºciclo – 402 alunos; o 2º e 3º ciclo – 332 alunos. Temos uma turma de Currículo Alternativo.

PA – As escolas têm todos os recursos de que necessitam?

Helena Vieira – Podemos considerar que os professores dão o seu melhor para superar as dificuldades sentidas a vários níveis. Nas escolas de 1º ciclo onde cada professor assegura mais do que um ano de escolaridade por turma, há falta de recursos a nível de apoio pedagógico; este nível etário necessita de muito acompanhamento individual e personalizado, pelo que seria muito benéfico a existência de mais recursos nas escolas, quer de professores de apoio como de pessoal auxiliar.
Sei, contudo, que enquanto as escolas funcionarem isoladamente não há condições para a implementação de novos recursos.

PA – Foi completamente assegurada a colocação de todos os professores?

Helena Vieira – A grande maioria dos professores estava colocada no início do ano lectivo. Os restantes horários em falta foram colocados até ao final do mês de Setembro, pelo que temos aulas a decorrer em pleno em todos os níveis de ensino.

PA – Como sabe, prevê-se com o início do tempo mais fresco, a possibilidade do vírus da gripe A disseminar-se com maior facilidade… Acha que os jovens e sobretudo os pais têm noção das medidas preventivas?

Helena Vieira – Nas reuniões de início de Ano Lectivo efectuadas pela Direcção do Agrupamento com os encarregados de educação, este assunto foi amplamente debatido e dado a conhecer o Plano de Contingência do Agrupamento. Na primeira semana de aulas os professores desenvolveram actividades com os alunos para informação, prevenção e aquisição de hábitos de higiene. Nota-se nos comportamentos dos alunos uma preocupação e atenção em relação ao tema.

PA – No horizonte está o novo centro escolar de Alcanede… Qual é a importância que dá a esta estrutura?

Helena Vieira – A construção do Centro Escolar reveste-se da maior importância para a Freguesia de Alcanede.
Sei que os pais têm muitos receios pelo facto dos seus filhos serem tão pequeninos e deixarem a sua terra para virem para uma escola maior, mas considero que essas inquietações não têm razão de ser: os pais também deixam os filhos na escola e vão trabalhar, ficando os seus filhos entregues somente à professora e a quem desempenhe funções de auxiliar, sem formação específica para o cargo; sei que estas pessoas fazem o melhor que sabem e podem, mas para formar pessoas para desempenharem funções na sociedade actual é preciso mais.
Por vezes nós que vivemos numa região periférica, reclamamos dos Órgãos de Soberania a falta de acesso a recursos disponibilizados somente nas cidades mas depois quando estes chegam até nós somos acometidos por uma série de receios que temos de ir conseguindo ultrapassar pois o tempo felizmente que não volta para trás e todas as evoluções sociais trazem mudanças que devemos acolher de espírito aberto, aproveitando todos os benefícios que daí resultem.

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