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Sexta-feira ,26 Abril, 2024
Saúde

Centro de Saúde Alcanede – Queixas de utentes das freguesias de Alcanede e Gançaria continuam

Dezenas de utentes da unidade de saúde de Alcanede fizeram chegar recentemente ao Portal, a sua insatisfação por situações que continuam a considerar graves. A longa espera para obtenção de médico de família, a falta de assiduidade de alguns deles e o horário 9/17 horas, considerado insuficiente, estão no topo da lista de preocupações. Mas há mais.

Perante isto, contactámos o director executivo do agrupamento de centros de saúde lezíria I – ribatejo (ACES Ribatejo), Carlos Ferreira no sentido de perceber o que, eventualmente, continua mal na unidade de Alcanede.

Em declarações ao Portal de Alcanede, o director do ACES Ribatejo considera, que para os 4907 utentes inscritos “Alcanede conta para o efeito com uma disponibilização semanal de 111,5 horas de trabalho de pessoal médico. Este número de horas ultrapassa substancialmente os indicadores em uso para a afectação de cargas de trabalho, considerando que se estima como necessário para cada 1650 utentes cerca de 30 horas de trabalho semanal”. Segundo Carlos Ferreira, “O indicador em uso na unidade de Alcanede, no que respeita ao número de horas de trabalho disponibilizadas semanalmente face à população inscrita é em tudo idêntico ao da média que dispomos para todo o Agrupamento com os seus 153 mil utentes. A informação local que me é prestada é que na maior parte dos dias, no final do período da tarde, particularmente a partir das 16,30, 17,00 horas o número de solicitações para consulta é praticamente inexistente em Alcanede.”

Sobre a falta de assiduidade de alguns dos médicos que prestam serviço em Alcanede, o responsável adianta que “no que concerne à assiduidade dos trabalhadores estes encontram-se abrangidos por normativos legais, aplicáveis a toda a Administração Pública, o que faz com que qualquer falta que dêem ao serviço, implique a obrigatoriedade da sua justificação, o que tem sempre ocorrido. O Director Executivo do ACES nunca concedeu qualquer dispensa.”

Outras das questões que colocámos a Carlos Ferreira, foi se não fica dispendioso trazer e levar diariamente os médicos a tempo inteiro, numa carrinha da ARS? Tendo afirmado que “Quanto à disponibilização de meio de transporte para levar os profissionais médicos, enfermeiros e administrativos, ela é facilmente compreensível se tivermos em consideração quanto é que não custaria o pagamento de deslocações se estas fossem efectuadas individualmente pois estamos a falar de vários profissionais que têm como local de colocação Santarém”. Segundo o director do ACES Ribatejo, “Também aqui existe a preocupação de salvaguardar os “dinheiros públicos”

Neste rol de dúvidas que o Portal de Alcanede manifestou ao director executivo do agrupamento de centros de saúde lezíria I – Ribatejo, apresentámos os horários actualmente feitos pelos clínicos em Alcanede e questionámos se o médico contratado (Carlos Moreira) vai continuar ao serviço em 2011 já que, ao que sabemos, o seu contrato termina no final deste ano. Carlos Ferreira diz que em relação ao número de horas atribuídas e descritas pelo Portal, em relação ao pessoal médico, “existem algumas imprecisões, pois tanto a Drª Dulce Mateiro, como a Drª Conceição Goucha e o Dr. Bispo Maia tem afectas à referida unidade 22,5h/s cada e há ainda que contar com a colaboração, no período da tarde, todas as segundas-feiras, da Drª Ana Pinho. Por sua vez o Dr. Carlos Moreira presta 40 h/s”. Ou seja, ficámos sem saber se o médico Carlos Moreira vai ou não, continuar em Alcanede no próximo ano. Em relação ao Dr. José Bento, o director do ACES Ribatejo confirmou que “ já se encontra desligado da actividade por ter sido abrangido pelas incompatibilidades constantes do Decreto-Lei nº 89/2010, de 21 de Junho”.

As excelentes condições de que dispõe a unidade de saúde, levou também o Portal a perguntar ao responsável, se Alcanede não merecia uma USF (Unidade de Saúde Familiar)? Ao que Carlos Ferreira respondeu que “No que concerne à inexistência em Alcanede de uma Unidade de Saúde Familiar é matéria que nos ultrapassa pois a iniciativa de criação destas unidades não é da Administração mas dos profissionais não tendo até ao momento havido qualquer iniciativa que seja do nosso conhecimento. Não posso no entanto deixar de referir que eu próprio em contactos que estabeleço com profissionais tenho lançado o repto para que esse tipo de unidade prestadora de cuidados possa avançar”.

Carlos Ferreira, disse ainda ao Portal de Alcanede que “os profissionais médicos e enfermeiros que integram a unidade (e o resto da UCSP) vão a muito curto prazo estabelecer uma contratualização, baseada num conjunto de indicadores, com metas bem definidas, processo esse que será devidamente monitorizado durante todo o ano de 2011″.

Recorde-se que em Fevereiro deste ano, um grupo de cidadãos avançou com um abaixo-assinado que reuniu cerca de 3 mil assinaturas, pedindo uma equipa de médicos efectiva na vila, além de queixas contra a actuação de alguns funcionários. Ao que conseguimos apurar, nesta altura, a questão do pessoal não clinico não se coloca, sendo o problema exclusivo da orgânica do centro de saúde.

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