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Sexta-feira ,19 Abril, 2024
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Vandalismo no Castelo de Alcanede

Recorrentemente, aquele que é o maior símbolo da nossa freguesia, a prova inequívoca da nossa história e identidade, é alvo de actos de vandalismo. Sou do tempo em que ali funcionava um pequeno Bar, redondo, de cor verde, onde muitas vezes tive oportunidade de desfrutar com os meus amigos e familiares, de longas e animadas patuscadas, já lá vão uns bons trinta e tal anos. Convívios entre os populares de Alcanede, dos quais guardo imensa saudade. Não recordo o motivo, mas esse pequeno espaço acabou por ficar ao abandono até ser completamente destruído. Mas é muito provável que já nesse tempo, andassem por aqui alguns energúmenos, muito parecidos com aqueles que de vez em quando, vezes demais descarregam as suas frustrações no nosso Castelo e zona envolvente.

Esta minha lembrança vem a propósito de algo que, decididamente não consigo compreender. Ainda há pouco tempo convidei um casal amigo para passar cá o fim-de-semana e, claro… “vaidoso” decidi levá-los orgulhosamente ao monumento. Depressa me “arrependi”. Além de fechado num Sábado á tarde, verifiquei até onde pode ir a ignorância cultural de alguns “seres” desprezíveis.

Holofotes partidos gratuitamente, talvez para ficarem com menos iluminação nas traseiras do Castelo e assim estarem, digamos, mais á vontade para fazerem sabe Deus o quê?!… Mas desconfio. Não menos bizarra é a falta de imaginação do autor da mensagem grafitada numa das muralhas dizendo: «Amo-te Tina». Só espero que a destinatária reflicta sobre o acto do

seu“apaixonado” (ainda vai a tempo), já que quanto a mim indicia graves problemas que decerto terão tendência em agravarem-se no futuro. Só um ser estranho consegue demonstrar o que quer que seja, degradando o nosso património que, infelizmente também é dele.

Mais recentemente, e como pode comprovar no tópico Cidadão Repórter, alguém pensou fazer não sei bem o quê, junto do remodelado parque de merendas. Como as novas mesas de madeira deveriam estar muito longe, na ideia do (s) autor (es), não foram de modas e simplesmente removeram o marco de pedra que ali existe a impedir o avanço de viaturas. Tiveram um bocadinho de azar, porque havia muita lama e o veículo precisou de ajuda para ser retirado. As marcas das rodas, as cordas e cintas ali deixadas são a prova de mais um acto de estragar por prazer. Será este acto uma doença? Terá cura?

Há quem diga, que os autores são jovens da freguesia e outros que defendem exactamente o contrário, que são “seres estranhos” à nossa freguesia, como terá sido este último caso do marco arrancado, segundo conseguimos apurar. Ao que sei estão identificados, mas será que vai acontecer alguma coisa?

Temos por um lado, pessoas a quererem dar maior dignidade á zona envolvente do Castelo, do outro lado o IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico) a demorar todos estes meses para mandar apagar o grafite e finalmente, temos o nosso imponente Castelo de Alcanede, certamente triste a “pensar” no mal que teria feito para ser tratado como é por alguns infelizes.

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