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Terça-feira ,23 Abril, 2024
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Uma imagem que fala por si – A opinião de Luís Ferreira

Esta fotografia foi tirada num dos dias do mega rastreio em Alcanede, em Maio de 2012, a partir do parque de estacionamento da farmácia Apolinário. Trata-se de uma utente do centro de saúde que caminha sobre a via em direção à farmácia lendo um qualquer receituário ou diagnóstico médico, descurando completamente a sua segurança perante o trânsito em curso. De então para cá, no mesmo local, já observei outras situações semelhantes pelo que depreendo que são recorrentes.
Não é óbvio que não existe segurança para os peões na estrada 362, entre o Centro de Saúde e a vila de Alcanede? Estaremos todos nós à espera que surja um acidente para fazer despoletar a solução do problema, quando hoje o podemos evitar? Chama-se a isso PREVENÇÃO. Enquanto peões e veículos partilharem a mesma via o perigo estará ali sempre omnipresente.

Em caso de acidente, o apuramento das responsabilidades são dos intervenientes (utilizadores da via: peões e condutores). Talvez, por essa razão, os responsáveis pela gestão da via e pela construção do Centro de Saúde naquele local, sem um acesso condigno para os peões, nunca se preocuparam, nem têm manifestado interesse em dar qualquer resolução ao problema, quando na verdade, para mim, são os autores morais de qualquer acidente que ali possa ocorrer. Deus queira que não.

A segurança dos peões entre o novo Centro de Saúde e a vila de Alcanede foi tema recorrente de debate ao longo de várias reuniões de assembleias de freguesia, após a entrada em funcionamento do Centro de Saúde. A resposta do Sr. presidente da Junta de Freguesia ao assunto foi sempre a mesma: “a Câmara e a Junta não podem intervir porque a competência para a construção dum passeio naquela via é da responsabilidade da Estradas de Portugal, EP., entidade responsável pela estrada 362”.

Presentemente, a responsabilidade da estrada 362 é da Câmara Municipal de Santarém, por motivos de desclassificação desta via do Plano Rodoviário Nacional. A passagem da competência desta estrada para a Câmara aconteceu em Julho de 2008, via protocolo assinado pelo então Secretário de Estado (na altura Paulo Campos), Estradas de Portugal e Câmara Municipal de Santarém a troco de qualquer coisa como 3,6 milhões de euros.

Se me perguntassem onde está esse dinheiro? Responderia que não está na estrada 362;

Se me perguntassem se trocava o orçamento da Expo Alcanede pela construção dum passeio entre o Centro de Saúde e a vila de Alcanede? Responderia que trocava.

Num contexto atual, não há nenhuma razão para se realizar a VII Expo Alcanede nos moldes em que está. Mantendo a XI Mostra Gastronómica reduzia-se substancialmente o orçamento previsto, poupava-se dinheiro às empresas da freguesia e mantinha-se o encache financeiro das coletividades por via das receitas, assegurando deste modo o convívio e a confraternização entre a população. Valor que reconheço de extrema importância neste evento, porque contribui para o reforço da identidade e coesão entre os diferentes lugares da freguesia de Alcanede.

O que escrevo não é só o meu ponto de vista é também um alerta que deixo aos que tem a incumbência de dar o melhor destino ao dinheiro dos meus impostos.

 Luís FerreiraPasseio para centro saúde Alcanede

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