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Terça-feira ,19 Março, 2024
Artigos de Opinião

Segurança, a nossa!

A nossa constituição consagra direitos, liberdades e garantias, fundamentais ao ser Humano, sendo estes inerentes a cada um de nós, sem distinção de raça, cor, ou credo. Desde os primórdios da humanidade, que o Homem, por viver em sociedade, definiu direitos e deveres, os quais se prendem com valores como, a educação e a cultura, o respeito, a responsabilidade, a segurança, entre outros…

Em tempos idos eram outras as preocupações. Estas prendiam-se com o bem-estar de todos e a entre-ajuda entre todos, e menos com a segurança. Contudo hoje, este é um tema forte, é diário e para o qual urge uma solução capaz e definitiva, que devolva a tranquilidade, a calma e o tal bem-estar, às populações.

Todos nós já ouvimos histórias assustadoras, algumas contadas na primeira pessoa. São sempre histórias de terror que envolvem a falta de segurança que hoje em dia se sente em qualquer lugar, seja: aldeia, vila ou cidade…em qualquer lugar.

Viver em sociedade é exigente! A questão é simples: porque se perderam valores, como o respeito pelo outro, pelos bens dos outros, e até pelo que é nosso, de todos, afinal?

Certo é, que a sociedade de hoje vive em constante sobressalto. E Alcanede já não escapa a esta onda de violência…a Vila em si, e as povoações próximas eram lugares seguros (eram), actualmente, o sentimento de insegurança está presente e, cai a noite, chega o receio de que aconteça algo de menos bom!

Neste sentido, e é de salientar que já foi feito alguma coisa, no entanto é preciso muito mais. Esse foi o motivo que nos levou a solicitar a presença de quem pode contribuir, o Deputado do CDS, Drº Filipe Lobo D`Ávila, pressionando, mais uma vez, porque como podem constatar, por diversas vezes e pessoas diversas, se tentou uma solução, senão a ideal, uma muito próxima dela.

As primeiras vozes fizeram-se ouvir por altura da década de 80. O então Presidente da Junta de Freguesia, devido ao crescente número de desacatos, de ordem diversa, apresentou a proposta na Assembleia de Freguesia. Respeitando a vontade da Assembleia, iniciaram-se as diligências por parte do Presidente da Junta quer pressionando o Governador Civil, quer o então Presidente da Câmara Municipal de Santarém. Na década de 90, continuaram os assaltos e o tráfico, tendo havido uma aparatosa intervenção da GNR de Santarém em conjunto com o Corpo de Intervenção,  nas povoações de Aldeia de Além e Amiais de Baixo. Os Presidentes de Junta subsequentes continuaram a exercer pressões no sentido da criação do Posto Territorial em Alcanede. Principais argumentos apresentados: O constante aumento da criminalidade, o desrespeito pelas regras de trânsito, a distância de cerca de 30 km ao Posto da GNR de Santarém que causava e ainda causa na melhor das hipóteses,  uma inconveniente hora de diferença, entre a ocorrência dos factos e a chegada da autoridade ao local.

Fruto das pressões exercidas, em 16 de Março de 2000 foi finalmente criado “no papel”, o Posto Territorial de Alcanede: Despacho n.º 5983/2000 do Gabinete do Ministro da Administração Interna, publicado no Diário da Republica – II Série n.º 64 de 16 de Março, n.º 3 A) 1) a), ficando responsável pelas áreas da freguesia de Alcanede, Abrã, Amiais de Baixo, Tremez e Gançaria.

Durante o ano de 2008 e com a construção do novo Centro de Saúde em Alcanede, passaram a estar livres as instalações do antigo Posto Médico, tendo as mesmas ficado sob administração da Junta de Freguesia de Alcanede. Embora não seja oficial, é público que é intenção da Junta de Freguesia utilizar as referidas instalações para quartel do Posto Territorial da GNR.

Portanto, tendo em conta o exposto, é tempo de fazer sair “do papel” este Posto Territorial de Alcanede, devolvendo a esta freguesia a tranquilidade e a calma necessária. Esta pode não ser a solução “milagrosa”, mas é com toda a certeza uma atenuante à crescente criminalidade que se vive na região.

O deputado do CDS Dr. Filipe d’ Ávila, deu um passo importante, questionando o Ministro da Administração Interna, contudo o trabalho não está concluído. Só poderemos descansar, quando esta e outras causas de não menor importância estiverem resolvidas.

É absolutamente necessário o empenho de toda a população.

É necessário que as pessoas percebam o quanto importante é, não ficar de braços cruzados à espera que outros hajam por nós. Temos que ser mais participativos na vida da sociedade e particularmente no que respeita à nossa freguesia.

E mais do que tudo, é importante que se recuperem os valores da sociedade e sugiro como ponto de partida, a educação que damos aos nossos filhos… Nunca é demais lembrar que a nossa liberdade termina, onde começa a liberdade do outro!

Dina Vitorino
(Comissão Política Concelhia de Santarém do CDS/PP)

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