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Quinta-feira ,25 Abril, 2024
Política

Nuno Serra considera: “Se deixassem de existir algumas freguesias, grande parte da população nem iria notar ”

A campanha eleitoral para as legislativas do dia 5 de Junho, trouxe no último fim-de-semana a Alcanede uma comitiva da comissão política concelhia (CPC) do PSD de Santarém liderada pelo seu presidente, Nuno Serra. Uma das iniciativas centrou-se na realização de um “Rally Paper da Amizade” que englobou a participação de cidadãos das freguesias de Abrã, Alcanede, Amiais de Baixo e Gançaria. A partida foi dada em Amiais de Baixo e a chegada aconteceu em Alcanede.

Numa altura em que a extinção e a fusão de autarquias está na ordem da atualidade, por força das medidas de austeridade impostas pela troika, o Portal de Alcanede questionou Nuno Serra sobre se esta ação conjunta poderia ter uma leitura politica? Para o social-democrata o rally paper da amizade surgiu em primeiro lugar “pelo gosto que tenho por esta zona Norte de concelho, tenho aqui muitos amigos e sempre que posso faço questão de estar com eles”.

Em relação ao sentido político, o presidente da concelhia do PSD, considera que “mesmo em atividades lúdicas, quando se consegue juntar um conjunto de freguesias, provavelmente conseguimos perceber que unidos temos mais força e mais facilmente conseguimos interagir”, e que o evento não teve nenhum caracter político que não fosse o de juntar as populações das várias freguesias, lembrando que “as pessoas devem começar a pensar em trabalhar em conjunto e deixarem de parte as rivalidades (culturais) quando as crises estão instaladas. Este rally paper foi apenas um exemplo do que deve ser feito, não só aqui, mas em outras freguesias e até concelhos”.

Segundo Nuno Serra, a responsabilidade pelo momento crítico que Portugal está a atravessar deve-se em grande parte “à rebaldaria vivida no país nos últimos 6 anos. Fomos obrigados a que viesse alguém do estrangeiro impor regras que o governo não conseguiu impor. Se tivesse existido outra postura, neste momento estas imposições da troika, se calhar não se colocavam”.

Independentemente da extinção, fusão ou junção de freguesias e concelhos, o presidente da concelhia social-democrata de Santarém é claro ao afirmar que acha “que tem de haver uma reestruturação no ordenamento administrativo do estado. Não sei se há freguesias a mais, mas haverá algumas que se calhar não fazem sentido”. Nuno Serra explicou a razão da sua afirmação, dizendo que antigamente a inexistência, por exemplo da internet, o facto de a correspondência ter de ser enviada exclusivamente pelos correios, faziam com que as freguesias “fizessem o papel do estado central e dos organismos estatais nas zonas mais isoladas do país” e que atualmente era possível “sem tirar a matriz cultural e a personalidade das identidades que nos marcam no tempo, fazer o que se faz, por exemplo, no sector privado ao nível dos serviços partilhados”. O dirigente social-democrata vai mais longe ao afirmar que “se neste momento deixassem de existir algumas freguesias, grande parte da população nem iria notar”.

Nestas declarações ao Portal de Alcanede, o presidente do PSD de Santarém lançou ainda a questão “porque é que 3 freguesias que estão ao lado umas das outras e que estão num espaço territorial muito curto têm de ter três pessoas a tratar da contabilidade, três pessoas a fazer outro tipo de serviços burocráticos quando, se calhar poderiam ter uma?”.

Balanço da campanha eleitoral em Santarém

Nesta visita a Alcanede, o presidente da comissão política concelhia do PSD, disse ao Portal que o balanço das ações de campanha “tem sido muito positivo, temos notado da parte das pessoas que há uma grande saturação e insatisfação em relação ao governo anterior e neste momento o sentimento é de que não querermos mais do mesmo”.

Nuno Serra considerou não ter dúvidas de que no dia 5 de Junho “vai haver uma mudança grande e provavelmente mais expressiva do que se tem verificado nas sondagens”.

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