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Quinta-feira ,18 Abril, 2024
Política

Posto da GNR em Alcanede – Ministério é evasivo à pergunta dos deputados do CDS-PP sobre a criação de um posto na vila

O Ministério da Administração Interna (MAI) considera que a instalação de um Posto da GNR na freguesia de Alcanede “depende das prioridades definidas pelas próprias forças de segurança, tendo em conta critérios técnicos, operacionais e das disponibilidades existentes e resultantes da conjetura económica, aliadas à necessidade de afetar as verbas disponíveis da forma mais eficiente e eficaz”.

É esta a resposta do gabinete do Ministro Rui Pereira à questão levantada pelos deputados do CDS/PP, Filipe Lobo d` Ávila (círculo de Santarém) e Nuno Magalhães, no passado dia 17 de Novembro de 2010, sobre uma antiga pretensão das populações no sentido da criação de um posto da GNR na vila de Alcanede.

No documento a que o Portal de Alcanede teve acesso o MAI também sublinha que “entre 2008 e 2009 verificou-se uma diminuição da criminalidade registada em dois pontos e meio (2,5) percentuais na área à responsabilidade do comando Territorial de Santarém”, onde se inclui a freguesia de Alcanede.

Questionado pelo Portal de Alcanede e numa reação à resposta do gabinete do Ministério da Administração Interna, o deputado Filipe Lobo d` Ávila disse que “a resposta do Governo revela que não só não compreende a circunstância específica da freguesia de Alcanede (cujas acessibilidades levam a uma sensação de isolamento) como não quer ver o problema do aumento de insegurança em Alcanede”.

O deputado centrista refere que o argumento apresentado pela tutela em relação à diminuição da criminalidade na área de intervenção do Posto territorial de Santarém, “não significa que, em concreto, na freguesia de Alcanede a diminuição tenha sido registada”. O parlamentar realça a necessidade de ”sensibilizar todas as forças políticas e o Governo para o problema” e lembra que “Alcanede já deu provas de se conseguir mobilizar em outras ocasiões lembrando o (caso da repavimentação da ER 361)”.

Questões ao deputado do CDS/PP, Filipe Lobo d’ Ávila

loboavilaPortal Alcanede (PA) – Dr. Filipe Lobo d’ Ávila, que leitura faz dos argumentos apresentados pelo Ministério da Administração Interna à questão apresentada pelos senhores deputados do CDS-PP?

Filipe Lobo Ávila (FLA) – A resposta do Governo revela que não só não compreende a circunstância específica da freguesia de Alcanede (cujas acessibilidades levam a uma sensação de isolamento) como não quer ver o problema do aumento de insegurança em Alcanede. Quem vive em Alcanede sabe do que o CDS-PP está a falar.

PA – A tutela em causa, refere que em 2008 e 2009 e passo a citar “verificou-se uma diminuição da criminalidade na área à responsabilidade do comando territorial de Santarém”. Isso não significa que, em concreto, na freguesia de Alcanede a diminuição tenha sido registada. No seu entender, o que será necessário acontecer para que as entidades responsáveis percebam que a insegurança está a aumentar na nossa terra?

FLA – O problema passa pelo aumento da criminalidade grave e violenta, com exemplos concretos em muitos dos concelhos do Distrito. Infelizmente, não é apenas uma realidade de Alcanede. É uma realidade do Distrito. O CDS-PP tem procurado sensibilizar o Governo para esta dura realidade, apresentando propostas no sentido de reforçar os efetivos policiais e acabar com uma total sensação de impunidade decorrente de leis penais brandas. Também aí a posição do Governo tem sido de total irresponsabilidade e a posição do PSD tem sido dúbia. É matéria onde não pode haver hesitações nem dúvidas.

PA – Considera que a não apresentação de queixas (da parte dos lesados/vitimas) “ajudam” aos números oficiais?

FLA – Claro que sim. São as chamadas cifras negras. O que demonstra que as pessoas também estão desiludidas com o sistema judicial e que cada vez confiam menos na Justiça.

PA– Acredita, apesar da resposta, que é possível Alcanede “lutar” por um posto de segurança?

FLA – Julgo que é legítimo aspirar a poder viver em segurança na sua própria casa, na sua própria terra. É o primeiro dos direitos de qualquer cidadão.

PA – Como?

FLA – Procurando sensibilizar todas as forças políticas e o Governo para o efeito. Alcanede já deu provas de se conseguir mobilizar em outras ocasiões (lembro-me do caso da repavimentação da ER 361).

PA – Na sua opinião, o que poderá ser feito a médio prazo?

FLA – Há que continuar a chamar a atenção para a sensação de insegurança. Para a sensação de isolamento. Para as especificidades concretas da freguesia de Alcanede. É um caminho de longo curso mas que corresponde aos anseios e preocupações legítimas dos habitantes de Alcanede. O CDS-PP continuará empenhado em sensibilizar o Governo e as outras forças políticas.

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