O roubo de fios de cobre está a deixar a população dos lugares de Barreirinhas, Murteira e Pé da Pedreira, na freguesia de Alcanede, à beira de um ataque de nervos, “todas as sextas feiras roubam os cabos, ficamos sem televisão, internet e telefone”, lamentou Carina Barreiro, proprietária de um café em Barreirinhas.
O sistemático furto dos cabos começou em dezembro de 2013, mas tem vindo intensificar-se desde outubro último, “nos últimos três meses nunca tive um fim de semana com telecomunicações ”, disse à reportagem do Portal de Alcanede (PA), Carina Barreiro.
Na passada sexta-feira e madrugada de sábado, os larápios voltaram ao local de sempre deixando um rasto de destruição nos postes da Portugal Telecom, que se encontram num sítio ermo. A localização é questionada pela população, que sugere zonas de maior visibilidade, “se os fios estiverem numa estrada principal, se calhar não roubavam tantas vezes”, referiu uma residente em Murteira que preferiu o anonimato. Aborrecida com a situação, esta moradora admitiu que chega a usufruir dos serviços da Meo apenas duas vezes por semana,” como roubam de sexta para sábado, só voltamos a ter serviço às quartas à tarde ou quintas-feiras”.
A gravidade do problema levou a população a assinar uma petição pública entregue à ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações, provedor da justiça, Junta de Freguesia de Alcanede, provedor da Portugal Telecom e Conselho Directivo dos Baldios de Valverde, Pé da Pedreira, Barreirinhas e Murteira.
Em resposta às últimas reclamações, o provedor da Portugal Telecom reconheceu os incómodos causados à população e os prejuízos avultados que a empresa tem sido alvo, prometendo “uma solução”, que no entanto tarda em chegar.
Segundo os populares, as autoridades policiais tem conhecimento da frequência dos assaltos, pelo que não compreendem “a demora em identificar os larápios”.
