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Sábado ,20 Abril, 2024
Artigos de Opinião

O moinho (Que Futuro?) Parte II

Já não é a primeira vez que os artigos do Américo Martins me entusiasmam, e nem sequer o conheço pessoalmente. Aprecio os conteúdos e a pertinência dos temas. A questão levantada pelo Américo Martins relativa ao velho moinho é uma parcela que devia fazer parte de um todo integrado.

O artigo intitulado o Moinho (Que futuro?), congrega vários factores nem sempre fáceis de concretizar. As ruínas do moinho existem, a vontade do proprietário do imóvel na recuperação foi expressa, e acredito com sinceridade que o desafio lançado à junta de freguesia de Alcanede poderá ter eco.

A questão leva-me a reflectir num enquadramento turístico que não existe, mas que poderá ser tornado realidade. E isso é algo bem mais complexo que não cabe no arredondado de um moinho, mas que dele necessita para alavancar uma parte da economia local, francamente mal tratada.

Na realidade, Alcanede está fora do mapa turístico sem que ninguém tenha desbravado um único trilho, é coisa virgem e, é potencial, desaproveitado. Reconheço, que quando alguém começa é mais fácil conquistar seguidores, e aqui está tudo por fazer nessa matéria.

Basta olhar para o património edificado e tentar potenciar isso em visitantes, que poderiam ajudar a economia local, fora dos sectores tradicionais. Quantos são os visitantes à sua sorte?

Convido o leitor a um olhar para a riqueza destas paragens: paisagem, gastronomia, ruralidade, património e proximidade de grandes centros turísticos.

Tenho pena mas não inventei os slogans do turismo de Portugal “ um País por descobrir”, “arte e tradição”, “experiências que marcam”, “património, cultura e natureza tudo aqui tão perto”.

Apesar de concordar com o teor das mensagens, há bons exemplos que sustentam as imagens de marca, e outros tantos que a deitam por terra, mas é essa diversidade que me leva a reflectir sobre Alcanede.

A verdade é que uma simples pesquisa sobre o ex-líbris da freguesia (o castelo) nos remete para uma “vergonhosa”, promoção do património da nossa terra. Não há uma única referência estratégica, e englobada à escala da importância do monumento. A começar, o site da Câmara Municipal de Santarém fala verdade, e passo a citar: ” O turismo, quase inexplorado, revela potencialidades quer culturais e monumentais, quer as actividades de ar livre, como a espeleologia, ornitologia e btt.”.

O leitor mais atento poderá também pesquisar (turismo Santarém), e concluir com toda a facilidade que esta região foi, ofuscada por uma entidade chamada Lisboa e Vale do Tejo, e em que Santarém é claramente reduzido a um território insignificante, com expressão quase ridícula, para as calendas de um sitio na internet.

O moinho não é um esquecimento, “alvo de artilharia para o exército quando iam fazer exercício à serra nos anos 70”. O moinho é a parcela de um todo que falta explorar.

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