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Quarta-feira ,24 Abril, 2024
Sociedade

Movimento Cívico ER 361 leva queixas de empresários e presidentes de junta a S. Bento

O presidente da junta de Freguesia de Alcanede considerou, “lamentável” que o concurso público para a beneficiação da ER 361, não contemple o início das obras a partir da Vila de Alcanede (Km 51, 250)”.

O desabafo de Manuel Joaquim Vieira, foi sublinhado no encontro promovido pelos porta-vozes do Movimento Cívico ER 361 na passada segunda feira e que reuniu vários presidentes de junta e empresários da região tendo como finalidade a elaboração de um memorando, entretanto, entregue aos deputados da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

O autarca mostrou a sua insatisfação ao dizer que está em causa, “a reabilitação da rede de drenagem de águas pluviais, saneamento de taludes e pavimento, alargamento do pontão e tratamento de áreas consolidadas de tecido urbano”. O assunto também não é bem encarado por vários sectores da população que garantem, que esta pequena parte do troço beneficiado há vários anos, foi conseguido à margem da intervenção da então JAE – Junta Autónoma de Estradas. Num acordo que envolveu a autarquia local, a Câmara Municipal e o empreiteiro que conduziu os trabalhos de repavimentação entre a localidade de Fráguas e Alcanede.

A unanimidade em relação ao mau estado da via, levou outros autarcas da região a considerarem que o arrastar desta situação tem causado, “sérios prejuízos” às populações servidas pela ER 361, mas também aos empresários que diariamente acumulam perdas ao nível da degradação das suas frotas, sendo frequentes relatos de queixas, por exemplo da devolução de encomendas que acabam danificadas, como é o caso mais recorrente das empresas de mobiliário. À semelhança de todos os autarcas presentes no encontro, o presidente da Junta de freguesia da Abrã, Rui Ferreira, realçou a importância do tecido económico da região ao admitir que, “centenas de famílias dependem directamente do emprego gerado por duas empresas sediadas em Amiais de Cima com quase 2000 empregados”.

A importância do arranjo da Estrada Regional 361, foi também salientado por César Reis, presidente da Junta de freguesia de Amiais de Baixo afirmando que a via em causa é o principal acesso da Vila para quem se desloca para norte e para oeste, “tendo em atenção sobretudo o elevado número de empresas de transporte e unidades industriais que laboram naquela freguesia”, disse.

Apesar dos autarcas se terem congratulado com o anúncio do Concurso Público por parte das estradas de Portugal, foram manifestadas desconfianças sobretudo, em relação à segunda fase das obras. O Vice-Presidente da Junta de Freguesia de Monsanto admitiu reservas ao considerar, “que as recentes reparações em alguns troços da via, indiciam meros remendos em vez da resolução do problema”. Orlando Filipe, disse não entender porque é que o concurso da EP “se ficou pelo limite do concelho de Santarém e não abrangeu o de Alcanena”. O autarca defendeu que deveriam ser rectificadas todas as curvas antes e depois da localidade de Monsanto. Orlando Filipe, desafiou “as entidades competentes ao esclarecimento cabal das razões que estão a dificultar o processo”.

Empresários servidos pela ER 361 indignados com decisores políticos

Os empresários representados por sectores de actividade na reunião promovida pelo Movimento Cívico ER 361 do passado dia 21 de Junho em Alcanede. Afirmaram, não compreender, “como é que se deixou a ER 361 chegar ao estado actual, sem que os decisores políticos nada tenham feito”. Presente na reunião o carismático fundador do Grupo Frazão, Francisco do Rosário Frazão relatou situações sobretudo oriundas do sector dos transportes, em que os seus responsáveis, “proíbem a sua frota de transitar nesta via devido ao elevado risco que ela acarreta em termos de perda de material o que põe em causa a margem de lucro do frete”. A importância da beneficiação da via em toda a sua extensão, foi também sublinhada por Abel Frazão, tendo em conta o desenvolvimento sustentado da região devido à ligação e acessos à A23. O empresário referiu, “que à 7 anos que decidiram fazer a escoamento da sua produção para o terminal dos Riachos em detrimento de Lisboa e que essa decisão tem sido muito prejudicada pelo acesso”.

O Grupo Agro-Alcanede ligado aos equipamentos para agricultura e pecuária, representado por João Rodrigues considerou a realidade de tal modo problemática que é facilmente visível e verificável, “que quando se trabalha com frotas novas a degradação das mesmas é muito superior, quando comparada com regiões onde os acessos são os ideais”, sustentou. Os contributos dos empresários da região foram anexados em forma de memorando ao dossiê entregue na terça-feira dia 22 de Junho aos deputados da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, presidida pelo relator e deputado do PSD, Vasco Cunha.

No encontro promovido pelo Movimento Cívico ER 361, participaram empresas ligadas aos sectores de extracção de massas minerais (pedreiras e Barreiros), mobiliário, restauração, transportes, construção civil, agricultura e curtumes.

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