Os soldados alcanedenses falecidos durante a guerra colonial integram, a partir desta quarta feira dia 10 de junho, (Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades) um memorial de homenagem que engloba todos os nomes dos “guerreiros” que tombaram ao serviço da pátria, naturais do concelho de Santarém. O teatro de guerra vitimou 10 mil militares, 49 eram do concelho, 8 pertenciam à freguesia de Alcanede.
“É uma homenagem muito justa e que já faltava no nosso concelho. É um reconhecimento público e um profundo agradecimento pelo serviço que todos os ex combatentes prestaram em nome da pátria, muitos deles perdendo a própria vida.”, disse a presidente de junta de Alcanede.
O monumento da autoria do escultor Salter Cid, será inaugurado esta tarde no jardim da Casa de Portugal e de Camões (ex-Presídio Militar). Durante os últimos meses a autarquia alcanedense contatou as famílias e alguns ex-combatentes no sentido de marcarem presença no evento.
“Perpetuar os seus nomes através deste monumento é apenas uma forma de apresentar o nosso mais profundo respeito pelas suas vidas perdidas, mas é também uma forma de homenagear as suas famílias cujas vidas foram dilaceradas com estas perdas”, referiu Cristina Neves.
No caso da freguesia de Alcanede, por baixo do brasão, vão constar as seguintes inscrições, Amílcar C. Ramos (Soldado – Moçambique – 1965), António L. Iria (Sargento – Angola – 1969), Joaquim R. Vieira (Cabo – Moçambique – 1970), Júlio J. Joaquim (Soldado – Guiné – 1966), Manuel P. Augusto (Soldado – Moçambique – 1971), Manuel M. Barreiros (Soldado – Angola – 1975), Ramiro P. Santo (Soldado – Moçambique – 1970), Manuel Mateus.
A comissão do Memorial que conta com o apoio da Câmara de Santarém e das várias juntas de freguesia envolvidas é representada pelo coronel António Garcia Correia, presidente da União de freguesias da Cidade de Santarém, Carlos Marçal, ex-combatente, coronel Joaquim Correia Bernardo, Arnaldo Rios Vasques e o sargento-mor José Correia, presidente da Liga dos Combatentes de Santarém.
No intuito de fazer face aos custos da obra, que ronda cerca de 50 mil euros, mantêm-se disponível uma conta na Caixa Geral de Depósitos e outra no Montepio Geral, sendo também possível colaborar entregando um donativo na sede da Liga.
