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Sexta-feira ,19 Abril, 2024
Sociedade

JFA rejeita responsabilidade na falta de alcatroamento no Beco Cabeço do Moinho em Aldeia da Ribeira

Os moradores junto ao Beco Cabeço do Moinho, em Aldeia da Ribeira, não se conformam com o facto de repetidamente, e principalmente quando chove, terem de “levar com toda a porcaria vinda desse caminho, água, terra, pedras no Inverno e pó no Verão”, citamos. O desabafo é de uma residente no local, que apela à Junta de Freguesia de Alcanede por uma intervenção que os ajude a solucionar rapidamente o problema.

As fortes chuvadas que se fizeram sentir no início desta semana vieram acentuar um problema que se arrasta há anos, “cada vez que chove é sempre a mesma coisa porque alguém diz que a estrada não é pública, depois porque alguém não quer alcatroar a estrada, depois porque um diz isto, o outro diz aquilo…” referiu Tânia Santos.

Questionado pelo Portal de Alcanede, o Presidente da Junta de Freguesia esclareceu que, “há três anos, aquando do alcatroamento da estrada de Aldeia da Ribeira / Casais da Charneca, preparámos essa para também ser alcatroada”, no entanto, “ao prepará-la, os supostos proprietários disseram que a mesma não ia ser alcatroada, porque a mesma era privada”, disse Manuel Joaquim Vieira.

Segundo o autarca, e após uma análise realizada em 2018, “fui aos mapas do cadastro e, na realidade, tudo indica que a mesma é particular, por essa razão não entrámos em discussão com as pessoas em causa…” já que a mesma “está inserida na propriedade e não faz parte do cadastro”, esclareceu.

Tânia Santos não entende o motivo daquela estrada não ser pública, já que “o certo é que cada vez que fica esburacada por causa da chuva, vem a máquina da Junta para tapar os ditos buracos”, afirmou. O Presidente da Junta confirmou que a autarquia local, “sempre que chove torrencialmente” tem o cuidado de ir “de imediato às zonas mais críticas que temos pré-definidas”, onde está incluído o referido troço, “e foi o que ainda ontem foi feito”, disse.

Na opinião de Manuel Joaquim Vieira, o problema mais grave “não são os detritos que vão com a água, mas sim a quantidade de água no momento da enxurrada, pois a rua tem muita inclinação e a água ganha uma velocidade tal, que nada a segura”, disse ao Portal de Alcanede, lembrando que existe “a agravante de quando chega à rua de S. João Crisóstomo naquela zona é praticamente nivelada”.

Para o Presidente da Junta, “mesmo que os proprietários alcatroem a rua, o problema da água quando há enxurrada irá ser sempre complicado como o é noutros locais”, lembrando que ontem “foram retirados à volta de 3 carros de mão de detritos de tout-venant”, que não considera “muito significativo”, disse.

Manuel Joaquim Vieira indicou ainda que a Junta de Freguesia “só poderá fazer o alcatroamento daquele espaço com ordem dos proprietários e com a garantia de que o espaço fique público”, realçando que ao fundo dessa rua “existe inclusivamente um aqueduto que tem dado muitos problemas com os detritos que vêm quando a chuva é torrencial”, como foi o caso recente.

O autarca avançou ainda ao Portal de Alcanede que o assunto foi abordado na Assembleia de Freguesia realizada esta semana e que solicitou junto da sua equipa que identificassem o registo de algum pedido formal de esclarecimento sobre esta matéria, mas que ninguém se recorda de lá ter chegado nenhum pedido, ou queixa, relativo ao referido troço.

Foto: Tânia Santos
Foto: Tânia Santos
Foto: Tânia Santos
Foto: JFA do mapa cadastro da zona em causa
Foto: JFA da zona em causa

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