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Covid-19: UDIPSS de Santarém indignada pelo tratamento dado às IPSS da região

O Presidente da Direção da UDIPSS (União Distrital das IPSS de Santarém) disse à agência Lusa que as instituições particulares de solidariedade social da região têm falta de “batas, luvas, máscaras e que a maior parte dos trabalhadores não querem ir trabalhar”, uns porque “têm filhos em casa e outros porque têm medo de ficar infetados por não terem equipamento de proteção”, disse.

Eduardo Mourinha afirmou que são as próprias IPSS que, neste momento, “estão a fazer as suas próprias máscaras, sem saber se são eficazes”, desabafando que o levantamento das necessidades de material pedido a nível nacional às instituições “tenha, para já, ido para o caixote do lixo, por não haver material”, lamentou.

A UDIPSS garante que as IPSS do distrito de Santarém estão com graves problemas financeiros, indicando que os apoios da Segurança Social, “que deveriam ter chegado em Janeiro, para compensar os aumentos do salário mínimo (o grosso dos salários nestas instituições), ainda não chegaram”, afirmou.

A preocupação de Eduardo Mourinha foi também recentemente manifestada junto da RTP, SIC, TVI e CMTV, através de um email enviado às redações, onde revelou a sua indignação “pelo tratamento dado pelas Entidades Oficiais e Comunicação Social, no que diz respeito a todas as Instituições Particulares de Solidariedade Social que neste País apoiam umas centenas de milhar de pessoas carenciadas e que têm ao seu serviço milhares de trabalhadores e voluntários”.

No documento, refere que “têm sido anunciadas medidas para apoiarem, praticamente, todas as Empresas, mas para as IPSS nada foi dito”, com exceção da suspensão da TSU (Taxa Social Única) e que, “no nosso Distrito, um número significativo de Instituições apresentaram em 2019 resultados negativos, o que, a continuar assim, dentro em breve, muitas terão que fechar portas”, esclareceu Eduardo Mourinha.

O Presidente da Direção da UDIPSS Santarém questiona ainda, “Se as IPSS pararem, quem é que acode a toda aquela gente que precisa de comida, higiene, toma de medicamentos, tratamentos, etc.?” e, “Será que só a Economia é que interessa neste País?”, desafiou.

A preocupação do dirigente vai mais longe, lamentando que “que sejamos, mais uma vez, tratados como Entidades de 2 ou de 3ª”, e que “basta de sermos vistos apenas para casos menos corretos”, mas nada é dito “sobre o trabalho hercúleo destas Instituições”, não esquecendo “os seus dirigentes, que na sua esmagadora maioria é voluntária, outros voluntários e os seus trabalhadores que têm ordenados muito baixos”, afirmou.

A UDIPSS Santarém solicitou ao Portal de Alcanede a divulgação da informação de que o ato eleitoral para o Quadriénio 2020/2023 fica adiado “sine die”, o qual estava marcado para 28 de Março de 2020, e que o esclarecimento jurídico às IPSS associadas continuará a ser feito por Filipa Magalhães, assessora jurídica, no sentido de apoiar e esclarecer sobre a legislação que diariamente vem sendo publicada.

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