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Sexta-feira ,29 Março, 2024
Sociedade

Convívio anual da Associação de Caçadores de Alcanede reúne centenas de pessoas

A Associação de Caçadores de Alcanede realizou no passado dia 31 de maio, o seu tradicional convívio, que juntou mais de cinco centenas de pessoas entre associados, familiares e proprietários de terrenos, onde os caçadores exercem a sua atividade cinegética, “é uma festa em benefício e agradecimento a todos os que nos ajudam”, disse ao Portal de Alcanede, Vitor Afoito.

A ementa contemplou a famosa “sopa maluca” – uma espécie de sopa da pedra – que tem outros segredos culinários. Além do porco no espeto e das sardinhas assadas, foram confecionados vários petiscos pelas mãos dos sócios, – irmãos berrota – Manuel /António Bento e Manuel Joaquim Viera, que incluíram: orelha e fígado.

cacadores 01Gastronomia à parte, o presidente da Associação de Caçadores de Alcanede aproveitou a reportagem do Portal de Alcanede para se mostrar preocupado com o atual abandono da maioria dos terrenos, “se um dia a caça acabar e a agricultura não der a volta, o abandono vai ser total”, vaticina o dirigente associativo.

A gestão de uma área de cerca de 2800 – hectares que envolve duas associativas (ZCA) e uma zona de caça Municipal (ZCM) – implica investimentos avultados, “gastamos bastante para conseguir manter a nossa zona de caça, habitada”, sobretudo devido aos trabalhos de desmatamento, gradagem, sementeiras e alimentação das espécies.

O ordenamento cinegético nas zonas de caça tem ditado por iniciativa da associação a delimitação de algumas áreas que servem de refúgio, “nós este ano começamos a optar por zonas em que não vamos caçar. Deixamos zonas livres durante 3 semanas“. Pretende-se com esta prática assegurar a conservação e o fomento das espécies cinegéticas.

cacadores 02A Associação de Caçadores de Alcanede que no passado chegou a ter 400 associados está actualmente na casa dos 220, com uma média de idades a rondar os 60/65 anos. Indicadores explicados, por Victor Afoito, devido aos inúmeros constrangimentos com que se depara esta actividade, a começar pela falta de atratividade dos jovens. A burocracia é outro dos factores que preocupa o dirigente associativo,” há dificuldades para tirar a carta de caçador, o nível de reprovações é muito elevado”.

As doenças das espécies cinegéticas, sobretudo do coelho bravo – a caça rainha em Alcanede – é mais uma inquietação, “se nós conseguíssemos ter um apoio estatal que nos ajudasse a combater estas doenças, talvez obtivéssemos outra resposta por parte das pessoas”, não havendo essa possibilidade e associando os vários problemas que se colocam à atividade cinegética “é muito difícil fazer alguma coisa pela caça”, lamenta.

O desaparecimento do coelho bravo e da perdiz, tem vindo a dar lugar à expansão da caça ao javali e ao tordo, esta última a espécie principal da reserva.

 

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