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Terça-feira ,19 Março, 2024
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Casos positivos aumentam na freguesia de Alcanede mas autoridades de saúde não confirmam – Opinião de Paulo Coelho

Os casos positivos à Covid-19 não param de aumentar em todo o país e a freguesia de Alcanede, infelizmente, não é exceção! Todos temos conhecimento de que nos últimos dias, nas últimas semanas, os infetados dispararam por aqui, mas as autoridades de saúde não confirmam, nem desmentem!

Sendo certo que muita da culpa se deverá às atitudes individuais de cada um, parece que este Novo Ano não trará nada de novo em relação às “velhas” formas de atuar das entidades públicas, elas próprias infetadas por um vírus crónico que teima em persistir há décadas! Parece uma “doença” sem cura!

Os “segredos” apenas ajudam a alimentar os famintos do “diz que disse” e a potenciar o boato, a dúvida, a descrença, praticamente “obrigando” as pessoas a extrapolarem as informações, por si só, já reduzidas ou limitadamente impostas pelas autoridades de saúde.

Sei que existem casos positivos confirmados, e de várias pessoas em confinamento, em quase todos os lugares da nossa freguesia, assim como na vila, mas continuo sem saber o número exato em cada uma dessas localidades! Não preciso, nem quero, saber a identidade dos respetivos cidadãos, mas o número real é importante para se adotarem medidas localizadas, que funcionem como uma espécie de “tampão” entre terras.

Vou mais longe, considero que esse trabalho deveria ser feito em articulação com todas as freguesias que confinam umas com as outras. Neste caso, Alcanede, Abrã, Amiais de Baixo, Gançaria, União de Freguesias de Azoia de Cima e Tremês, Arrimal e Mendiga, e de Fráguas. Articulação essa que ultrapassa as “fronteiras” do nosso concelho. Se o mesmo está a ser realizado pelas autoridades de saúde, desconheço! Não informam, por isso não sei! Estamos à nossa própria mercê!

Desde o inico da pandemia foram várias as vezes que o Portal de Alcanede tentou junto do ACES Lezíria, nomeadamente junto do seu Diretor Executivo, Dr. Carlos Marques Ferreira, da Delegada de Saúde Coordenadora, Dra. Helena Ponte e Sousa, e do Coordenador do Centro de Saúde Alcanede, Dr. João Grilate, obter informações precisas sobre os números reais na nossa freguesia, mas sem sucesso! Os dois últimos pedidos de esclarecimento datam de 23/09/2020 e de 30/12/2020.

Não tenho dúvidas de que respeitam ordens superiores da DGS mas, com exceção do Diretor Executivo do ACES Lezíria, que de imediato reencaminha os nossos pedidos para a Delegada de Saúde Coordenadora, nada vezes nada (zero) acontece! Tão pouco uma resposta, nem que fosse politicamente correta! É urgente uma mudança de postura.

No meio de tanta (des)informação, enalteço a atividade diária do Presidente da Câmara Municipal de Santarém com a publicação dos dados sobre a situação epidemiológica no concelho, mas insuficiente para as pretensões da nossa freguesia, e imagino que para as restantes.

Dois aplausos para os esclarecimentos públicos, em momento próprio, do Centro Social da Serra do Alecrim e da Santa Casa da Misericórdia de Alcanede, esta última que atualmente, segundo as informações mais recentes, diminuiu o número de infetados para 11, mantendo-se os 5 óbitos.

Entre ontem e hoje, o concelho de Santarém viu os números dispararem para mais 52 casos positivos, onde? Em que freguesias? Os casos ativos foram mais 11, onde? De vigilância ativa mais 31, onde? Os recuperados, felizmente, mais 39, mas onde? Em que franja da população? Os óbitos aumentaram para 54 no total desde o início da pandemia. No total, o concelho de Santarém regista, a 1 de janeiro de 2021, 1966 infetados espalhados pelas diversas freguesias! Quais? Não sei!

Se falar do distrito de Santarém, então o descontrolo, neste exato momento, é total!

Conheço pessoas defensoras de que, “quanto mais se falar, pior!”, e o outro lado, “quanto mais clara e precisa for a informação, melhor!” Qual o melhor dos dois “Mundos”?

“Faz o que eu te digo, não faças o que eu faço”, um ditado que parece encaixar no excesso de informação com que somos “violentados” todos os dias, a toda a hora, em que a culpa é apenas individual, e onde a coordenação sanitária não passa de meras palavras para a TV, esquecendo-se da vida real, como se de uma novela se tratasse, com um episódio novo todos os dias, mas que, tal como na ficção, não traz nada de novo!

Neste caos, exceções merecem uma vénia e enchem-me de orgulho, principalmente os nobres voluntários (mesmo assim poucos, muito poucos), profissionais de saúde, funcionários da Segurança Social e trabalhadores que alteram a sua vida pessoal em prol dos que mais necessitam!

Paulo Coelho

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