A câmara municipal de Santarém confirmou esta tarde ao Portal de Alcanede que a Santa Casa da Misericórdia de Alcanede tem por receber o valor de 172 882,15 euros. Depois de uma consulta aos serviços financeiros da autarquia, Vítor Gaspar diz que “foi deliberado pelo Executivo Municipal um apoio financeiro a esta instituição para a construção do Lar (…) no montante de 154 062,50euros” e que “deste valor já foram efetivamente pagos 20 000 euros, encontrando-se a parte restante em divida”. Desta forma, e segundo afirma o responsável “no que respeita ao total da dívida da CMS para com SCMA, ela cifra-se no montante de 172 882,15 euros”.
Apesar do reconhecimento do montante em falta, o vereador da ação social afirma que “os valores constantes na referida publicação (Correio do Ribatejo) estão corretos” e que isso mesmo “já foi transmitido e explicitado à Santa Casa da Misericórdia de Alcanede (SCMA), em correio eletrónico enviado pela Divisão de Finanças da Câmara Municipal”.
Em relação à verba em falta, no que concerne à faturação das refeições escolares dos últimos dois anos letivos, e que segundo a Santa Casa ronda os 39 mil euros, Vítor Gaspar diz que apesar de esse assunto ser da área da educação “posso adiantar que existem de facto atrasos nas transferências financeiras da CMS para a SCMA. A situação económico-financeira difícil que o país atravessa, e à qual o nosso Município não está imune, acrescida da brutal quebra de receitas próprias, tem dificultado bastante o cumprimento destes encargos financeiros, assumidos pela CMS”.
Questionado ainda pelo Portal de Alcanede sobre quando é que os montantes em divida serão realmente pagos, neste caso à SCMA, o vereador da câmara municipal de Santarém afirma que “estamos a fazer todos os esforços no sentido de honrarmos e cumprimos com todos nossos compromissos financeiros em divida, o mais breve possível e de forma faseada” reforçando a ideia de que “todos nós estamos a atravessar momentos muito difíceis, que nos limitam a nossa disponibilidade financeira”.
A finalizar, Vítor Gaspar diz ainda “que compreendemos e lamentamos a aflição dos nossos parceiros, principalmente daqueles que têm responsabilidades tão importantes e necessárias como é a do apoio social às populações mais frágeis e carenciadas do nosso Concelho”.
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