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Quinta-feira ,28 Março, 2024
Sociedade

Alcanede debateu segurança e proteção civil na freguesia

Alcanede recebeu pela primeira vez um colóquio subordinado aos temas «Segurança e Proteção Civil na freguesia», no passado dia 30 de Maio de 2011, na Associação Recreativa e Cultural de Alcanede, a entidade parceira deste evento.

Perante uma assistência de cerca de 80 pessoas, a iniciativa do Portal de Alcanede surgiu na perspetiva de dar a conhecer o conjunto de planos e dispositivos definidos pelas entidades competentes para esta região e nele foram abordadas questões ligadas ao planeamento e prevenção estratégica, prevenção e combate a incêndios, capacidade de resposta das autoridades, dispositivos contra eventuais calamidades, segurança rodoviária, entre outras.

Primeiro painel: Caracterização da freguesia de Alcanede em termos de segurança

O primeiro painel do colóquio foi aberto pela comandante do destacamento territorial da GNR de Santarém. Patrícia Almeida fez uma completa caracterização da freguesia de Alcanede ao nível daquele que é o trabalho desenvolvido pela aquela força de segurança e lembrou que neste momento “temos um militar para cada 813 cidadãos”.

Apesar de alguns casos recentes de criminalidade violenta na freguesia de Alcanede, a comandante lembrou que “em 2011 o número de crimes violentos baixou de 27 para 12 entre Janeiro e Abril” tendo como base o mesmo período do ano passado. No que toca à segurança rodoviária “os acidentes têm aumentado anualmente”, em particular nas estradas 361 e 362, embora também aqui “a diminuição tenha sido registada este ano”.

A questão da possibilidade de Alcanede poder ter um posto da GNR na vila, tal como está prometido há muitos anos, foi um dos temas que gerou debate entre a plateia e a comandante, tendo ficado a sensação de que essa pretensão depende de uma série de fatores, nomeadamente do número de efetivos necessários para que tal se concretize, além das questões financeiras.

A Capitão Patrícia Almeida deixou também na sua intervenção uma série de preocupações que atualmente existem na guarda nacional republicana, como são os casos das “denúncias anónimas, a dificuldade de resposta do poder judicial em tempo oportuno, originando constrangimentos ao desenvolvimento das investigações e consequentes diligências de inquérito…”apresentando algumas medidas que no seu entender, podem ajudar a minimizar os problemas “realizando encontros, demonstrações e exposições com escolas e organismos, para sensibilização na prevenção ativa e na criação de um clima de segurança tendente à Segurança Solidária” e “potenciando os meios disponíveis, atuando de forma proactiva de modo a proporcionar uma resposta operacional eficaz”.

João Ferreira, em nome dos bombeiros voluntários de Alcanede, apresentou uma explanação muito consistente sobre o trabalho da corporação alcanedense, realçando a “grande dimensão da nossa freguesia” que engloba também a Gançaria sobre a alçada dos BVA. O jovem oficial bombeiro de 2ª falou da realidade atual da corporação alcanedense, manifestando alguma preocupação com “a necessidade de reforçar os recursos materiais do corpo ativo” ao mesmo que apelou à necessidade de “incentivar os mais jovens a ingressarem nos bombeiros, estando nesse sentido a ser criados protocolos com as escolas”. No seu discurso, João Ferreira falou também da “pouca cultura de segurança e prevenção que as pessoas de uma maneira geral têm” e enalteceu “a importância das atividades recreativas que os bombeiros de Alcanede têm levado a efeito”. Por fim, chamou a atenção para “a consciencialização da população para ajudar os bombeiros, não só financeiramente, mas contribuindo por exemplo com a limpeza de mato nos seus terrenos”.

Seguiu-se Luís Ferreira, licenciado em ordenamento do território e que em representação do movimento cívico pela repavimentação da ER 361 entre Alcanede e Alcanena, começou por fazer o enquadramento da freguesia, chamando a atenção para “a centralidade de Alcanede”.

Durante a sua intervenção foi feita uma análise dos riscos associados aos temas em discussão “incêndios, acidentes rodoviários e industriais, cheias e catástrofes naturais devem ser motivo de preocupação para todos nós”, exemplificando as suas convicções sobre cada temática e concluindo que “segurança rodoviária, segurança pública e incêndios são fatores de risco elevado e os acidentes industriais de risco moderado”.

Segundo Painel: Dispositivo de prevenção e segurança com incidência na freguesia

O segundo painel, moderado pelo dirigente da Liga dos Bombeiros Portugueses Carlos Pinheiro, incidiu no dispositivo de prevenção e segurança para Alcanede e nele foram oradores, António Valente, vereador da proteção Civil da Câmara Municipal de Santarém, Rui Natário, 2º Comandante Operacional Distrital de Operações de Socorro de Santarém e Carlos Catalão, chefe de gabinete da Governadora Civil de Santarém.

Na sua intervenção, António Valente sublinhou que a proteção civil é “uma causa de todos”, desenvolvendo alguns conceitos ligados aos objetivos da proteção civil como sejam “a prevenção, o socorro e a assistência a pessoas e outros seres vivos em perigo”. Aquele responsável considerou que a iniciativa do Portal de Alcanede constitui um bom exemplo no que diz respeito à “formação e informação das populações visando a sua sensibilização em matéria de autoproteção e colaboração com as autoridades”.

O 2º Comandante Operacional Distrital de Operações de Socorro de Santarém traçou durante a sua intervenção os principais riscos ao nível do distrito de Santarém e o papel do cidadão na resposta ao sistema. Rui Natário manifestou a opinião de que o papel do cidadão é crucial nas situações de acidente grave e catástrofe “eliminando as causas, mitigando as consequências e efetuando uma primeira intervenção”. O responsável considerou que uma boa preparação de todos os cidadãos e “uma boa organização de resposta podem minimizar consideravelmente a perda de vidas e evitar danos acentuados em bens, nas infraestruturas vitais, na economia e no ambiente”. O 2º Comandante Operacional Distrital de Operações de Socorro de Santarém deu vários exemplos de como as pessoas, enquanto agentes ativos, podem contribuir para ajudar, “dar o alerta de ocorrências detetadas, participar na realização de exercícios, efetuar a primeira intervenção e obedecer às forças de segurança”.

Quanto à intervenção de Carlos Catalão, o chefe de gabinete da Governadora Civil de Santarém realçou a importância dos diagnósticos locais, planos, ações de formação, sensibilização e participação cívica, o “objetivo é desenvolver formas de envolvimento com as associações locais, instituições e população em geral, tendo em conta as soluções apresentadas quer na fase de diagnóstico e na fase de elaboração do plano municipal de promoção da acessibilidade, de forma a complementar a articulação de mais de um método de recolha de dados e o recurso a instrumentos de análise qualitativa e quantitativa”.

Nota da Administração do Portal de Alcanede

Como foi constatado pelos participantes, o colóquio decorreu com algumas alterações de programa.
Até à publicação da notícia e cartaz definitivo de divulgação deste 2º colóquio organizado pelo Portal de Alcanede, estavam confirmadas para a sessão de abertura as presenças de Francisco Moita Flores (Presidente da Câmara Municipal de Santarém), Sónia Sanfona (Governadora Civil do distrito de Santarém) e de Joaquim Chambel (Comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro de Santarém).

No caso do presidente da C.M.S um problema de saúde, segundo informação dada pela autarquia, originou a sua indisponibilidade a cerca de duas horas do início do colóquio. Em sua representação esteve o vereador António Valente (já convidado para um dos painéis) e que em nome do autarca confirmou que Moita Flores teve uma “indisposição”, mas “que não seria nada de grave”. Via telefone com a câmara municipal e através do vereador da proteção civil, o Portal de Alcanede desejou as rápidas melhoras ao presidente da câmara municipal de Santarém.

No caso de Sónia Sanfona, a governadora civil de Santarém delegou no seu chefe de gabinete Carlos Catalão (também já convidado para um dos painéis) a sua representação, depois de uma primeira confirmação por escrito ao Portal e datada do dia 2 de Maio de 2011.

Finalmente, em relação ao Comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro de Santarém, Joaquim Chambel convidado para ser um dos oradores, fomos informados (via email em 27/05/2011) de que uma reunião de Coordenação Operacional entretanto marcada para o dia 30 de Maio, o impossibilitaria de estar presente no colóquio como desejava. Em sua representação esteve o 2º Comandante Distrital Rui Natário.

Inicialmente previsto para o dia 31 de Maio de 2011, o colóquio foi antecipado por questões de logística para o dia 30 do mesmo mês, tendo sido questionados atempadamente (por telefone e correio eletrónico) todos os seus intervenientes se a alteração em causa não seria um problema? Ao que foi dito que não.

As respetivas instituições foram superiormente representadas, a quem o Portal de Alcanede agradece profundamente.

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