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Projeto da Santa Casa de Alcanede distinguido com prémio BPI Fundação “la Caixa” Rural

A Santa Casa da Misericórdia de Alcanede viu o seu projeto ser distinguido na 3ª edição do Prémio BPI Fundação “la Caixa” Rural. O projeto é um dos 24 distinguidos a nível nacional pela fundação que distribuiu 700 mil euros para apoiar cerca de 4500 beneficiários.

A participação da SCMA insere-se no combate ao isolamento e dificuldades sociais acentuados pela pandemia, principalmente em zonas mais isoladas, fora dos grandes centros urbanos.

A edição online do jornal “Expresso”, de 25 de dezembro de 2021, destaca 5 dos projetos vencedores, em especial o da Santa Casa da Misericórdia de Alcanede, cujo texto sobre a instituição alcanedense publicamos na íntegra.

“O filho do sr. Eduardo é camionista, e foi no decorrer de uma viagem que pôde falar e ver o pai à distância. Algo que seria impossível não fossem as sessões de contacto através de dispositivos tecnológicos organizadas pela Santa Casa da Misericórdia de Alcanede, em Santarém, à sombra do castelo local. “Foi bom”, resume o utente, de 75 anos, que não escondeu a alegria por ter conseguido ver a cara do filho numa manhã chuvosa de segunda-feira. O projeto é um dos 24 distinguidos na 3ª edição do Prémio BPI Fundação “la Caixa” Rural — que distribuiu €700 mil para apoiar 4500 beneficiários — e “foi uma necessidade logo identificada”, no início de 2020, quando Wanda Mendo assumiu o cargo de provedora da instituição, e que a pandemia tratou de acentuar. “Queremos dar condições para que os idosos fiquem em segurança em casa”, garante.

Entre as dificuldades identificadas está o fraco sinal de internet em muitas das zonas mais isoladas da freguesia, pelo que o financiamento será utilizado para a aquisição de um carro elétrico, com uma antena, que funcionará como um ponto de acesso móvel à internet. Serão também comprados 15 tablets para apoio domiciliário, com que se espera ajudar inicialmente cerca de “30 pessoas”, afirma Belina Filipe. A responsável pelo projeto destaca também o papel crucial desempenhado pelos voluntários jovens do programa, pois “são os mais capacitados para ajudar”, acredita.

O arranque efetivo está previsto para “final de janeiro ou início de fevereiro do próximo ano”, aponta Wanda Mendo, mas os primeiros testes mostram que o projeto pode fazer a diferença: as caras aparecem no ecrã e “os olhos deles brilham” imediatamente, confidencia Belina Felipe. É o caso da dona Emília, que, com 87 anos, estava numa videochamada com uma das cinco netas. Vivia sozinha e agora “habitua-se pouco a pouco” a estes contactos. “Todos os dias se pode aprender alguma coisa”, atira, confiante, dona Adélia, de 76 anos, que com a ajuda da tecnologia combate “o isolamento, para conviver mais um bocadinho”.”

Nota: Texto originalmente publicado no Expresso de 23 de dezembro de 2021

Foto: Créditos Nuno Botelho


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