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Valgrupo investe milhões de euros em novo matadouro, ampliação e modernização de instalações

O anúncio de diversos investimentos no Valgrupo, empresa com sede em Alcanede, levou o secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Nuno Russo, a visitar esta semana as instalações da Valsabor. Além do membro do governo, marcaram presença, entre outras personalidades, os Presidentes das Câmaras de Santarém e Alpiarça, o Presidente da CVR Tejo, Luís Castro e o Diretor Regional da DRARO, Nuno Miguel Lacerda.

A comitiva foi liderada pelos empresários Fernando Vicente e Anabela Tereso e pelos dois filhos do casal que, na Valsabor, iniciaram o percurso pelas obras de ampliação e modernização das instalações de abate e transformação de Carne, obras orçadas em cerca de 3 milhões de euros e que deverão estar concluídas em 2021.

Em declarações ao Portal de Alcanede a administração do Valgrupo indicou que o investimento aplicado este ano passou por diversas áreas, “numa nova sala de desmancha que nos permitiu triplicar a nossa capacidade para 350 suínos processados por hora, em reforço de frio em zonas importantes do processo (a qualidade do frio é fundamental para aumentar a qualidade e a durabilidade da carne)”, bem como, “em novos equipamentos de embalamento automático e substituímos toda a cobertura do edifício fabril”.

A maior fatia de investimento será de 25 milhões de euros, em 2022, e passará pela construção “de um novo e moderno matadouro com capacidade para 650 animais abatidos por hora”, atualmente a capacidade é de 250/hora, “em complemento faremos um novo edifício vocacionado essencialmente para exportação com uma nova sala de desmancha, congelação e câmaras de armazenamento”, referiu a administração do Valgrupo.

Investimento é palavra de ordem, e já no próximo ano a empresa prevê aplicar uma verba de cerca de 6 milhões de euros na construção de um novo edifício em 3 pisos, “o piso 1 vai-nos permitir aumentar câmaras de frio e áreas de expedição, o piso 2 será área administrativa, gabinete médico, lavandaria e o piso 3 um novo e moderno refeitório”, além de que serão reformuladas “outras zonas para aumento de salas de formação e outras atividades”, explicaram.

Atualmente com cerca de 1000 trabalhadores distribuídos pelas diversas empresas, Fernando Vicente e Anabela Tereso lembraram que o grupo tem vindo a apostar na diversificação de atividades de negócio, nomeadamente “a área dos vinhos com a compra da Quinta da Atela em 2017”, em Alpiarça. No mesmo ano, o Valgrupo entrou também “no sector na construção / pré-fabricados de betão com a compra das instalações da antiga Ricel, em Porto de Mós, em que denominamos como Valcivil esta área de negócio”.

O início deste ano 2020 ficou também marcado pela entrada em funcionamento da produção abate e transformação de perus, “com a aquisição de 3 empresas: Avarela – Produção de perus, a Properu – Produção de rações para perus e a Nutriaves – Centro de abate, desmancha e processamento de carne de peru”.

Para a administração Valgrupo é fundamental controlar todo o processo produtivo animal, “genética, produção animal, fabricas de ração, formulação das rações, abate, processamento de carnes e logística”, para garantir aos clientes “a rastreabilidade completa dos nossos produtos, de todos os processos produtivos e de grande parte das matérias primas”, garantido desta forma, “alta qualidade em todos os produtos que fornecemos ao mercado”, citamos.

Nestas declarações ao Portal de Alcanede os empresários recordaram que Portugal não é autossuficiente na produção de carnes de porco nem de peru, “produzimos apenas 50% das nossas necessidades, queremos continuar a crescer para garantir aos Portugueses essa autossuficiência para que possam poder comprar 100% de carne nacional com todas as vantagens que isso tem no que toca à qualidade”, afirmaram.

A visita da comitiva, no passado dia 19 de outubro de 2020, terminou na Quinta da Atela, em Alpiarça, uma aposta do grupo desde 2017 e que, segundo a administração, “tem uma grande margem de progressão”, lembrando que, “fizemos nos últimos anos muito trabalho de melhoramento tanto das vinhas como dos edifícios circundantes à adega” e que o resultado desse investimento “está à vista de todos pois já conseguimos produzir vinhos de alta qualidade que até já foram premiados”, enalteceram.

Na Quinta da Atela, este ano, foram plantados mais 30 hectares “possuímos atualmente 130Ha de vinhas e queremos aumentar ainda mais a produção pois acreditamos ter qualidade para vingar neste setor. Queremos ter vinhos de renome e temos como objetivo chegar a esse patamar nos próximos anos”, indicaram.

A administração do grupo de empresas agradeceu a presença de todos os participantes, nomeadamente do Secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, “a qual representou um grande incentivo e reconhecimento da importância económica e social do VALGRUPO”, concluíram.

Fotos: Valgrupo


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