A candidatura do PSD à Junta de Freguesia de Alcanede escolheu a sede da A.R.C.A para a apresentação da lista concorrente às próximas eleições autárquicas. A iniciativa decorreu no dia 15 de Setembro e reuniu cerca de 400 apoiantes num jantar-convívio. A Estrada Nacional 362, a Expo Alcanede e a construção do pavilhão desportivo, foram alguns dos temas em destaque.
Sobre a estrada que liga Alcanede a Santarém, Ricardo Gonçalves afirmou que, “a maioria das pessoas e os responsáveis políticos nacionais não conhecem as potencialidades de Alcanede”. Frase que antecedeu um desafio do atual presidente da CMS ao cabeça de lista do CDS-PP à câmara, António Rocha Pinto, “houve aí um candidato que disse que com duas máquinas poderia fazer a estrada de Alcanede”, assim, “ vou propor 5 autocarros para todos os deputados da Assembleia da Republica virem a Alcanede ver as potencialidades que aqui estão”, salientando que, “cada vez que tiverem de decidir sobre novas Infraestruturas vão lembrar-se de Alcanede”, disse.
Por seu turno, Manuel Joaquim Vieira preferiu direccionar-se para a proposta feita pelo candidato socialista, Rui Barreiro que, recentemente, referiu que “pretende a construção de uma via rápida entre Aldeia da Ribeira e Santarém”, questionando se a freguesia “só começa na Aldeia da Ribeira?”, se, “a 362 não atravessa a freguesia desde Valverde até Santarém?”, e falando ainda da zona industrial, perguntando, “será que se esqueceram das curvas da Volta Grande?”.
No seu discurso, o candidato à Junta de Freguesia enumerou as razões que o levam a candidatar-se, lembrando que há quatro anos, “estava longe de pensar que o dia de hoje pudesse acontecer, “, mas que, “a vida encarrega-se de nos mostrar quando é tempo de parar e também quando é necessário voltar, a bem da nossa freguesia”, disse.
Perante a plateia, e sobre o pavilhão desportivo, Ricardo Gonçalves prometeu, “não será por um milhão e meio de euros que Alcanede não terá o seu pavilhão”, ressalvando que a responsabilidade atual é do Ministério da Educação, mas que se a entidade pública não o fizer, “o pavilhão desportivo será feito pela CMS. É um compromisso meu e da minha equipa”, afirmou. Uma vontade partilhada por Manuel Vieira, que disse não querer terminar o mandato, caso seja eleito, “sem a sua construção”.
Tal como em 2015, este ano não se realiza a Expo Alcanede. Uma decisão justificada pela atual presidente da Junta de Freguesia pela falta de verbas e consequentes prioridades, “chegarmos a Maio de um ano, pensarmos em montar a Expo, e andarmos ainda a pagar a Expo do ano anterior em prestações, não era compatível com o modelo de gestão que escolhemos”, referiu Cristina Neves, lembrando que tal “não era compatível com o próprio orçamento da junta”, daí a mudança para o formato bienal.
O assunto Expo Alcanede levou Ricardo Gonçalves a dizer que tem “uma visão um bocadinho mais optimista que a atual presidente da junta” e que, por ele, “ a Expo Alcanede seria feita todos os anos, e não de dois em dois como este atual executivo da JFA entendeu”. Já o candidato à Junta, apelidado pelos restantes oradores da noite como “pai da Expo”, sublinhou que “esta é a montra das potencialidades da nossa freguesia”, e que “este desejo”, de manter o certame, “ vai ao encontro dos empresários, das associações, e de todos os que querem ter razões de orgulho em serem parte integrante da feira”.
Lista:
Manuel Joaquim Vieira; José Pereira; Carmen Antunes; Carlos Frazão; Carla Filipe; Gilberto Leandro; Flávia Silva; António D’Oliveira; Sónia Martins; Jorge Filipe; Cristina Rodrigues; Nelson Santos; João Machado; Marina Barreiros; Fábio Ribeiro; Margarida Martins; Manuel Jacinto; Francisco Neto.
Apoiantes da Lista:
Emílio Vieira; Henrique Calisto; Joaquim Santos; Joel Joaquim; Marcelo Costa; Graciete Vieira; Ramiro Duarte; Luís Rodrigues.
