Quinta-feira ,18 Abril, 2024
Entrevistas

Cristina Neves – “É preciso que os utentes do Centro de Saúde se organizem e se unam nesta luta quando chegar a hora de avançarmos”.

No passado mês de setembro cumpriu-se o primeiro ano de mandato do novo executivo da Junta de Freguesia de Alcanede liderado por Cristina Neves (PSD). A falta de médicos no Centro de Saúde a revisão do Plano Diretor Municipal, as acessibilidades e os problemas inerentes à Zona de Desenvolvimento Económico de Alcanede, foram alguns dos temas abordados, numa entrevista concedida ao PA.
Entre outros assuntos, a autarca falou do estado do património cultural e reconheceu “as desigualdade que existem no acesso aos equipamentos desportivos e à prática desportiva de muitas modalidades impossíveis de desenvolver sem os equipamentos adequados”, defendendo a construção de um pavilhão gimnodesportivo.

Como avalia este primeiro ano de mandato como presidente da junta de freguesia de Alcanede?
 

cristina neves 03Cristina Neves – Foi um ano de intenso trabalho e reajustamento pessoal, mas muito positivo. Apesar de já partilhar o executivo da JFA há 8 anos, a verdade é que a minha subida de lugar para a presidência, requereu um substancial reajustamento de horários, rotinas, disponibilidade e respostas. Ainda assim, e porque sempre soube que este seria um grande desafio, tenho a cada dia que passa, cada vez mais a consciência de que muito mais do que um desafio, este cargo é acima de tudo uma grande missão de vida publica. Tenho ouvido recentemente alguns notáveis falarem da importância dum Presidente de Junta de Freguesia pela proximidade que tem junto dos seus fregueses, e em alguns casos ouvi também através da sua própria experiência pessoal, o testemunho deste cargo ter sido a melhor experiência pública das suas vidas. Partilho esse pensamento. Recebi este cargo com a responsabilidade, seriedade e dignidade que merece, procuro desempenhá-lo da melhor forma, não deixando cair o nome da nossa terra em mãos alheias, defendo-o em cada ocasião e em vários assentos, mas sempre consciente de que o meu compromisso é acima de tudo, com as pessoas.
 

Apesar de ser um assunto passado, ninguém conhece a opinião da presidente de junta sobre o que foi o processo de agregação de freguesias?
 

Cristina Neves – Penso que o processo da Reorganização Administrativa Territorial Autárquica, era quase como que uma guerra…uma espécie de mal necessário sempre indesejável, mas que acabou por acontecer mesmo não se querendo. Era um projeto já antigo do anterior governo que estava na gaveta à espera que os mais corajosos o implementassem quando a necessidade assim o obrigasse, não dando outras alternativas mesmo que se tornasse impopular. Em parte foi o que veio a acontecer. Em causa foi colocada a sustentabilidade de alguns territórios e suas freguesias, garantindo-lhes que a agregação iria consolidar melhores condições locais para o seu novo território e sua governação; em vista ficou ainda a atribuição das verbas orçamentais e a sua redistribuição. Embora reconheça que a nível urbano a agregação das freguesias tenha sido um processo tranquilo e eficaz, que não alterou em quase nada a rotina das suas populações, já a nível rural e em certas situações, essas mudanças provocaram grandes constrangimentos e algumas perdas na vida das localidades. Não creio que a intenção de poupança orçamental tenha surtido tão grande efeito que tenha valido a pena tamanho rebuliço, mas ainda assim, as cobaias desta medida foram na certa as freguesias sacrificadas sem escapatória. Mantiveram -se diferenças abismais e não consignadas na lei ; fizeram-se comparações e amostragens de Freguesias com Freguesias, mas não se compararam nem equipararam Freguesias com Municípios, e essas sim, teriam feito toda a diferença nas nossas vidas… mantiveram-se freguesias como a de Alcanede, com a nossa área e habitantes no patamar orçamental das Freguesias, e mantiveram-se Municípios com menos área e menos habitantes do que nós, num patamar orçamental muitíssimo mais elevado e ao qual tem direito só porque são Município… O desequilíbrio é grande, muito injusto e altamente castrador para o desenvolvimento local. Falhou neste processo um melhor conhecimento territorial, a equiparação de algumas situações e suas excepções, mas enfim… Será que agora os Municípios são o freguês que segue? Não me parece…
 

Quais são as queixas mais comuns dos fregueses?
 

Cristina Neves – Em regra as queixas mais comuns dos fregueses relacionam-se com, o mau estado de algumas estradas, as limpezas de bermas, danos deixados pelas obras do Saneamento Básico que interferem agora com escoamentos de águas pluviais, entupimentos diversos, falta de sinalética, mau estado dos contentores de lixo e falta de pontos de recolha, e mais recentemente o grande tumulto do Centro de Saúde de Alcanede.
 

A autarquia tem conseguido dar resposta a esses casos?
 

cristina neves 01Cristina Neves – A JFA tem tentado colmatar estas queixas dentro das suas possibilidades; nos casos de estradas em tout-venant, temos conseguido fazer a manutenção das sua grande maioria, principalmente nas mais transitadas. Existem algumas que queremos fazer de novo, mas a instabilidade do clima ao longo do último ano, acabou por inviabilizar algumas empreitadas que tínhamos previsto. No caso das vias asfaltadas, a situação é um pouco mais delicada, já que algumas são de classificação Nacional e outras de Municipal competindo às EP e CMS o seu zelo e manutenção, que em alguns casos tem sido totalmente inexistente; nas restantes, a JFA não tem tido a disponibilidade desejável para poder proceder à sua reparação na totalidade devido aos valores avultados exigidos, “tapam-se alguns buracos” mas não é suficiente. É como uma pequena manta que não chega para cobrir todo o corpo; se puxamos para tapar os ombros, deixamos os pés de fora, e vice-versa. A limpeza, ceifas, queimas, cortes de ervas nas bermas são outro problema que enfrentamos; todos querem a sua porta, a sua rua, a sua localidade limpa, mas nem todos contribuem; sendo certo que o espaço público é da competência da Autarquia, antes de tudo, o espaço público é de todos, transferindo para cada um de nós o dever moral da sua preservação, mas muitos esperam que a JFA limpe até à porta de cada um. Temos procurado atender as mais diversas questões de resolução que estão ao nosso alcance, encaminhando as restantes para as entidades competentes. Ainda assim, e porque somos nós que estamos no terreno, temos resolvido umas quantas que apesar de não serem da nossa esfera, não nos são invisíveis.
 

Qual é neste momento a pasta mais complicada que tem entre mãos?
 

Cristina Neves – Existe de facto uma pasta muito delicada, a da Acção Social, mas essa área está colmatada pelo excelente trabalho das nossas IPSS locais, Santa Casa da Misericórdia de Alcanede e Centro Social Serra do Alecrim que em parceria com a CMS, a Segurança Social e a JFA procuram responder a todas as situações. Colaboramos no solicitado, mas reconheço que esta é sem dúvida a área mais sensível que qualquer autarca enfrenta. De resto, não existe uma pasta mais complicada, todas têm as suas especificidades e as suas próprias complicações, mas temos em mãos 4 matérias que requerem agora e num futuro próximo mais luta da nossa parte: a requalificação da EN362, a revisão do PDM, a legalização definitiva da ZDE de Alcanede e a criação da USF- Unidade de Saúde Familiar.
 

Que evolução espera sobre alguns desses assuntos? O que sugere para encurtar caminho?
 

Cristina Neves – Fizemos ao longo deste ultimo ano vários contactos e reuniões com as entidades competentes que tutelam cada uma delas; a ZDE e a revisão do PDM estão na tutela da CMS que tem tentado resolver os muitos constrangimentos legais que têm surgido mas mantendo-se atenta; a situação da falta de médicos no nosso Centro de Saúde já nos levou a diversas reuniões e negociações cujo principal objetivo continua a ser a reivindicação de uma USF para esta zona norte do concelho. Julgamos que após a acalmia desta recente crise, todos os argumentos serão mais do que válidos no nosso propósito; relativamente ao impasse da EN362, a sua restituição da estrada às EP leva-nos agora a acreditar que a sua requalificação possa ser uma realidade mais alcançável junto do Governo Central.
 

Está em curso a revisão do PDM – Plano Diretor Municipal de Santarém, um documento que se reveste de maior importância também para Alcanede. Quais são os aspetos que a junta de Alcanede, quer ver contemplados neste documento estratégico?
 

cristina neves 02Cristina Neves – O principal aspeto que a JFA gostaria de ver resolvido, prende-se tão somente com a necessidade mais básica de uma família: UMA CASA PARA MORAR… Uma casa que possa ser construída junto dos avós, dos irmãos, ou de outros familiares, no lugar onde estão os afetos, as memórias e o apoio familiar; uma casa que gere crianças, que as deixe crescer no lugar onde os seus pais escolheram que elas nascessem, perto daqueles que as vão ajudar a viver num ambiente familiar, envolvidas em comunidades concretas, acolhedoras, em movimentos de associativismo, longe de creches a tempo inteiro, de amas desconhecidas e ATL´s que alargam os seus horários de modo a darem aos pais que vivem na cidade, o apoio que teriam se estivessem perto das suas famílias. Gostaríamos que percebessem que nem toda a gente tem terrenos com as áreas exigidas, e que uma casa mais pequena no campo tem mais qualidade de vida do que qualquer apartamento na cidade. É para lá que os jovens casais da nossa freguesia têm fugido e é lá que têm constituído as suas famílias. Aqueles que insistiram em ficar, estão agora a contas com mapas e mais mapas que teimam em excluir as suas casas dos perímetros urbanos.
 

Quais são os contributos que a JFA tem dado neste processo?
 

Cristina Neves – A JFA sempre defendeu nos seus Executivos anteriores, que a revisão do PDM deveria incluir e regularizar as muitas habitações e situações diversas que se encontram por legalizar.
 

Num documento tão essencial como este, os cidadãos muitas vezes alheiam-se e deixam as coisas acontecer, esse é também no seu entender um problema dos munícipes de Alcanede?
 

Cristina Neves – Acredito que o distanciamento da sede de Concelho e o descrédito de algumas matérias relativamente ao desinteresse pela nossa realidade e desenvolvimento local, tenham acabado naturalmente por levar as pessoas a alhearem-se de algumas lutas por se darem por vencidas, ou apenas por comodismo deixando as coisas acontecer.
 

Fica difícil alguém reclamar, depois de um consentimento por omissão, a junta aqui tem decerto um papel importante?
 

Cristina Neves – No caso concreto da revisão do PDM, muitos interessados apresentaram as suas reclamações em tempo útil e em sede própria referentes às suas habitações, e aguardam a concretização das suas aspirações. No coletivo, é óbvio que o ideal é esperar que os objetivos definidos para o PDM de Santarém sejam cumpridos de acordo com a escolha das suas definições tendo em conta:

Os objetivos de desenvolvimento;
A distribuição racional das atividades económicas;
As carências habitacionais;
Os equipamentos;
As redes de transporte e de comunicações;
As infraestruturas.

A JFA assume o papel de interlocutor defendendo o seu território num todo, esperando que estas realidades sejam incluídas no cálculo dos perímetros, olhando para a realidade de cada lugar e/ou freguesia de forma específica e à luz da definição dos itens que enunciei.
 

cristina neves 06O que é possível dizer nesta altura sobre a chamada Zona Industrial de Alcanede?
 

Cristina Neves – A CMS está a tratar do assunto, mas também é possível dizer que a “montanha pariu um rato”, porque o futuro promissor que se augurava para a ZDE – Zona de Desenvolvimento Económico de Alcanede, acabou por se revelar um sonho longínquo que ainda se encontra por resolver. Os empresários que ali conseguiram instalar-se continuam com situações pendentes e uns quantos outros que o pretendiam fazer, acabaram por desistir pela falta de agilização de loteamento e consequente falta de procedimentos legais. Quem lá está, resiste contra todas as dificuldades, mas quem não investiu ali na altura, já muito dificilmente o fará. No entanto, acreditamos que com uma viragem o interesse e procura daquela ZDE possa ressurgir, quando a mesma oferecer melhores condições e as devidas infraestruturas.
 

Há alguma garantia para a resolução definitiva deste assunto?
 

Cristina Neves – Não tenho, mas acredito na harmonização dos esforços da CMS e por isso o seu interesse em resolver a curto prazo esta questão.
 

Como sabe os últimos meses para não dizer os últimos anos, o centro de saúde de Alcanede tem sido motivo de conversa pelas piores razões. As soluções até agora encontradas para a fixação de médicos, tem sempre sido de recurso, não teme que os alcanedenses continuem reféns desse sistema?
 

Cristina Neves – É verdade, Alcanede tem sido vítima do próprio sistema de colocação de profissionais de saúde. A JFA já promoveu vários contactos no sentido de promover a criação da USF. Julgo que este problema recentemente vivido colocou de forma mais visível o drama que há anos se arrasta em Alcanede. É preciso que os utentes se organizem e se unam nesta luta quando chegar a hora de avançarmos. Os utentes de Gançaria e Abrã já dependem desta unidade, e os seus Executivos estão sintonizados na mesma intenção. Unir esforços e criar a USF na zona norte do concelho, esta vai ser a única forma de efetivamente fixarmos médicos, enfermeiros e conseguir outras valências na nossa região.
 

Numa recente entrevista aos jornais de Santarém, deu como certa a jurisdição da EN 362 para a alçada da EP – Estradas de Portugal, isso é ponto assente?
 

Cristina Neves – Sim, pensamos que sim, foi divulgado numa Assembleia Municipal pelo Sr. Presidente que a EN 362 iria voltar à tutela da EP, e foi-nos confirmado numa reunião partilhada com a CMS e a EP que tudo estava bem encaminhado entre as duas entidades, estando apenas em falta um último parecer do IMT.
 

Em termos de acessibilidades tem vindo a reforçar a importância dessa via como estratégica para Alcanede, tem alguma garantia que a estrada vai ser requalificada?
 

cristina neves 05Cristina Neves – Tenho reforçado sim, e acredito firmemente que essa via é estratégica para a nossa freguesia e região. Somos uma zona de grande industrialização, esforço, empreendedorismo e autonomia local, exportamos para os 4 cantos do mundo, mas ainda assim, estamos condicionados por esta EN362 que tanto nos tem afastado dos outros. Muitas pessoas de Santarém, não conhecem Alcanede, nunca visitaram o nosso Castelo, a Gruta do Algar do Pena ou as pegadas de Dinossauros; nem nos conhecem! muitas nem sabem que a calçada que pisam vem em grande parte da nossa freguesia ou imaginam que no edifício memorial do World Trade Center existe pedra de Alcanede. É com muita dificuldade que os nossos empresários escoam daqui os seus produtos, e é com muita dificuldade que os habitantes da zona norte de Santarém se deslocam à sua sede de concelho.

Não temos ainda essa garantia da requalificação, mas temos envidado todos os esforços tanto junto da CMS como dos deputados do PSD eleitos pelo distrito de Santarém. Esperamos neste momento que o Governo divulgue a lista das infraestruturas prioritárias de proximidade, e acredito que o nome da nossa estrada lá esteja inserida.
 

Durante a campanha para as eleições falou da necessidade de um pavilhão gimnodesportivo para apoio às infraestruturas escolares existentes, continua focada nisso?
 

Cristina Neves – Continuo focada nessa necessidade, apesar de ter a consciência das dificuldades financeiras da CMS e de conhecer os constrangimentos, mas continuo a reconhecer a desigualdade que existe no acesso aos equipamentos desportivos e à prática desportiva de muitas modalidades impossíveis de desenvolver sem os equipamentos adequados. Os mais afetados acabam obviamente por ser os mais novos que não tendo pavilhão desportivo na escola, acabam por nunca realizar determinadas atividades. Ainda assim, dispomos do nosso parque desportivo, que apesar de não estar concluído, ainda permite a prática de algumas atividades.
 

Durante a Expo-Alcanede, ouvi muita gente a falar da necessidade de um multiusos, o pavilhão de que fala contemplaria uma espécie de dois em um, pensado para outras valências?
 

Cristina Neves – Não tenho pré-definida qual seria ou será a minha grande obra no mandato de 4 anos, até porque a minha motivação maior são as pessoas, mas confesso que enquanto autarca, a resolução das 4 matérias referidas acima, sem minimizar nenhuma outra, seria para mim sem dúvida, uma das conquistas mais gratificantes, realmente urgentes, prioritárias e importantes para a nossa freguesia. O pavilhão multiusos seria uma obra a considerar sim, até porque poderíamos acolher diversas valências, pensando no projeto mais integrado, onde um espaço multifunções pudesse incluir também um auditório para teatro, concertos, palestras entre outras funcionalidades.
 

Está em curso a criação da ZIF de Alcanede que será gerida pela Associação de Produtores Florestais de Alcobaça. Como é que tem acompanhado este processo?
 

Cristina Neves – Tenho procurado acompanhar de uma forma próxima, dando todo o apoio logístico à APFRA- Associação de Produtores Florestais da Região de Alcobaça que já opera nesta zona há algum tempo. Participamos e promovemos em ações de divulgação, acolhemos o atendimento semanal nas nossas instalações e colaboramos em tudo o que nos é solicitado ao nível da divulgação. O trabalho de campo está a cargo da APFRA. Sabendo que a freguesia de Alcanede tem a maior mancha florestal do nosso concelho, e sabendo que agrupar todos os proprietários numa única ZIF seria impossível, foi decidido fasear a adesão, dividindo a área por várias Zonas de Intervenção Florestal, algumas delas em partilha com freguesias limítrofes. É um processo longo e que requer várias fases documentais, mas acreditamos que a maioria da população já percebeu os grandes benefícios da adesão colocando a manutenção das suas propriedades a cargo da APFRA. Inicialmente, alguns proprietários eram induzidos em erro, pensando que perdiam a posse das suas terras, mas felizmente essa questão está desmitificada, e é importante que todos percebam que a APFRA é uma associação da especialidade que se propõe a ajudar a comunidade local a organizar-se enquanto ZIF, fazendo a manutenção da floresta dos aderentes de acordo com a legislação em vigor.
 

cristina neves 04Num olhar para o património, como é que comenta o estado geral desses importantes legados?
 

Cristina Neves – Em parceria com a CMS, participámos numa reunião com a Direção Geral do Património e Conservação, onde o assunto visou a tutela e conservação do Castelo de Alcanede. Numa outra reunião com a Direção Geral do Turismo e visita às pegadas do Vale de Meios e à gruta do Algar do Pena, ambas com vista à preservação e integração do nosso património em programas específicos. Estamos a aguardar nova reunião, nomeadamente no que diz respeito ao Castelo, porque considerando a dificuldade e o afastamento físico que a DGPC acaba por ter relativamente ao nosso Castelo, nós propusemos cuidar dele. Existem várias questões relacionadas com a encosta do Castelo, mas acreditamos que apesar das mesmas, a limpeza de toda a sua envolvente poderia e deveria estar a nosso cargo, a cargo de quem cá está. É publico que nos últimos anos a JFA reparou sucessivamente a iluminação do Castelo, que era frequentemente vandalizado, e não havendo vigilância daquela zona em horário noturno, o espaço acabará sempre por ser um ponto apetecível para práticas menos corretas. A segurança, a preservação e limpeza e a vida do Castelo são matérias entre outras ligadas ao património, que fazem parte da nossa agenda.
 

A sua sensibilidade feminina dá garantias aos alcanedenses que podem contar com arranjos exteriores, que embelezem alguns desses espaços, onde a junta tem capacidade para intervir?
 

Cristina Neves – Posso garantir o meu empenho pessoal em mudar de roupa, arregaçar as mangas e meter mãos à obra quando tiver de ser! No concreto teremos de contar com ajudas várias, e acredito que a motivação conjunta irá contribuir para esses embelezamentos, embora reconheça que o olhar feminino tem sempre um toque diferente e vê pormenores menos percetíveis à maioria dos olhares comuns.

 

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