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Apesar das adversidades, Vale do Carro mantém a tradição anual

A Associação dos Amigos de Vale do Carro, Várzea e Casais Limítrofes prepara-se para realizar, de 2 a 5 de agosto de 2013, os seus tradicionais festejos anuais. Bailes, um concerto da Banda Filarmónica de Alcanede, uma Picaria e um Passeio de Vespas e Motorizadas antigas são alguns dos destaques da edição deste ano.
Em ambiente de festa, que já se vive por esta altura, o Portal de Alcanede esteve à conversa com o atual presidente da Associação. Joaquim Teixeira Santos é, desde março deste ano, o Presidente da coletividade que esteve sem direção durante dois meses. O novo elenco diretivo estará em funções até 2015.

Em relação à festa de 2013, o responsável associativo lembra que a base do programa “é muito idêntica às edições anteriores”, embora este ano, “tenhamos decidido fazer uma alteração em relação à hora da Picaria”. Habitualmente realizada à sexta-feira à noite, “as pessoas dispersavam-se um pouco, uns para a Picaria e outros para o baile”, chegando-se à conclusão “que não era benéfico haver essa dispersão”. Sendo assim, “optámos por realizar a Picaria no domingo à tarde, às 17h30”, disse Joaquim Santos.

Não sendo novidade, é sempre um grande motivo de destaque a realização de mais um Passeio de Vespas e Motorizadas Antigas. A iniciativa, que se realiza durante os festejos anuais “vai para três anos” é organizada pelo grupo de amigos As Mal Tratadas com o apoio da associação, “é um evento extra que se realiza por esta altura da festa”, e que terá lugar no domingo a partir das 08h30. As Mal Tratadas têm o seu passeio anual durante o mês de maio.

Uma das particularidades da Festa em Vale do Carro é o facto de ser realizada ao ar livre, “pessoalmente acho muito mais agradável”, embora este ano existam alguns receios, não com a meteorologia mas pelas recentes intervenções na zona do recinto da festa “devido às obras do saneamento básico”, o espaço que é via pública mas devidamente autorizado para utilizar durante os festejos, “está um pouco irregular, mas prometeram-nos (Águas de Santarém) que a situação estaria resolvida antes da festa com a colocação de alcatrão nessa zona”, ressalvou o dirigente associativo.

A realização e organização destes eventos tradicionais requerem, cada vez mais, pessoas que demostrem uma grande disponibilidade, “algo cada vez mais difícil de conseguir”. Joaquim Santos dá como exemplo a associação a que preside recentemente, “se olharmos para as ultimas direções que passaram por esta casa, tirando dois ou três elementos que conseguimos ir buscar, praticamente são sempre os mesmos!”, lamentou. Além disso, a Associação dos Amigos de Vale do Carro, Várzea e Casais Limítrofes “tem também a particularidade de ser na freguesia, se não estou em erro, a única que está aberta todos os dias (serviço de bar), uma situação que leva a que diariamente esteja sempre alguém a trabalhar”.

Na opinião deste elemento da coletividade, o futuro destas festas tradicionais, de uma maneira geral, não se apresenta risonho “sinceramente, acho que a tendência é acabarem a pouco e pouco, a não ser que isto dê uma grande volta”, dando como exemplo as dificuldades que as Bandas Filarmónicas passam nos dias que correm, “na maior parte das localidades, mesmo aqui na freguesia de Alcanede, as associações já não contratam as bandas por considerarem que o encargo é muito elevado”.
No caso de Vale do Carro, que habitualmente convida a Banda de Alcanede para a sua festa, na hora de fazer contas “o peditório que realizamos junto da população é para pagar à filarmónica. É por isso que cada vez mais vemos as coletividades a contratarem os pequenos grupos, porque levam menos dinheiro”, disse.

Na opinião de Joaquim Teixeira Santos, em vez “de a Câmara Municipal atribuir o subsídio às Sociedades Musicais apenas como simples apoio, o mesmo deveria ser repartido pelas associações que contratassem as bandas”, uma forma, segundo o dirigente, “de dar mais trabalho às instituições musicais, ao mesmo tempo que incentivavam as associações a requisitarem os seus serviços mais vezes”. Este responsável é peremptório em afirmar que, “é sempre bom ter, em qualquer festa, uma Banda Filarmónica a tocar, é uma tradição que se deveria manter”.

O recém-eleito Presidente da Associação dos Amigos de Vale do Carro, Várzea e Casais Limítrofes, disse ainda ao Portal de Alcanede que as pessoas daqueles lugares “contribuem e são solidárias”, mas que a maior dificuldade reside no facto de “ninguém querer tomar a responsabilidade de ir para a coletividade. É muito mais cómodo beber a nossa bebida e ver televisão do que estar lá (Associação) a trabalhar”.

Segundo Joaquim Santos, trata-se de uma “questão que se arrasta há longos anos, sempre que se está a chegar ao final da comissão é necessário quase pedir por favor para que as pessoas façam parte da nova lista”, afirmou. Em relação aos mais novos, “noto pouca vontade para colaborarem, com exceção de dois ou três elementos”.

Nesta época de festa, o dirigente da coletividade convida “todas as pessoas a visitarem-nos nos próximos dias, garanto que serão bem recebidos”, ao mesmo tempo que agradece “a todos os elementos dos órgãos sociais e grupo de apoio, em especial ao Rafael Santos, uma pessoa que tem sido incansável pela sua dedicação nos preparativos da festa e que tem sido o meu braço direito”, concluiu.

Cartaz ValeCarro 2013

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