A candidatura autárquica independente “Mais Santarém” reagiu durante o fim-de-semana, através de um comunicado, ao anúncio da aprovação pelo Tribunal de Contas (TC) do PAEL e Programa de Saneamento Financeiro da autarquia de Santarém.
Na informação enviada ao Portal de Alcanede, Francisco Mendes começa por reconhecer que os vistos favoráveis do TC “eram absolutamente necessários na atual situação”, embora saliente o atraso do processo.
O também candidato à Câmara Municipal de Santarém nas próximas eleições autárquicas, considera que, “esta aprovação é positiva por permitir pagar parcialmente as dívidas a fornecedores, juntas de freguesia e instituições em geral como IPSS, bombeiros e outras associações”, lê-se no documento.
Francisco Mendes lembra que as dificuldades sentidas na CMS resultam da falta de “uma correta gestão dos dinheiros autárquicos”, que segundo o “Mais Santarém”, se verifica “ao longo das últimas dezenas de anos”. Apesar disso, o responsável político considera que, “águas passadas não movem moinhos”, sendo agora necessário pensar “no futuro”.
O comunicado do candidato independente refere a necessidade “de pagar estas dívidas, para além das muitas restantes já existentes (…) ”, e que o PAEL e o Programa de Saneamento Financeiro “não são doações que nos são feitas, são sim empréstimos que temos de pagar com juros”.
A inacessibilidade da autarquia de Santarém poder recorrer “a programas comunitários e outros”, bem como a “impossibilidade de redução de impostos municipais como o IMI, etc.” são outros pontos considerados negativos pelo “Mais Santarém”.
A finalizar o comunicado, o candidato independente deixa algumas perguntas sobre como será feito pagamento das dívidas, “Mas como é que tudo vai ter lugar? Só pela antiguidade das dívidas como nos foi dito que será pela aplicação das regras do PAEL?”, questionando ainda se, “não deveria ser também tomada em linha de conta a oportunidade das despesas anteriormente feitas, ou seja, por as despesas terem ou não tido lugar exclusivamente para dar trabalho a alguns?”, e no caso dos fornecedores, “não deveria ser dada prioridade a quem gera emprego de que dependem as famílias?”, lê-se no comunicado do “Mais Santarém” enviado ao Portal de Alcanede.