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Sexta-feira ,19 Abril, 2024
Artigos de Opinião

Europa feudal

Europa feudal.
 

Os povos germânicos têm na sua matriz a apetência para conquistar, invadir, ocupar e dominar outros povos europeus; porém, durante muito tempo evitaram os romanos que, já nessa época, os consideravam bárbaros devido a não se deixarem contaminar pela cultura romana e não falarem o latim. Com o enfraquecimento do império romano, os germanos foram-se instalando mais ou menos pacificamente pela região da agora Alemanha e França.

Os territórios ocupados eram doados por soberanos aos chefes guerreiros, vassalos, mas em troca de lealdade, e por sua vez os servos tinham de se ocupar da terra e pagar taxas, estando sempre em divida para com o seu senhor. Esta ordem administrativa deu origem ao feudo (propriedade), base rural e social da idade média.
 

Evito falar do clero. É evidente que a base da pirâmide era dos ocupados, eram eles que aguentavam todo o esforço de trabalho necessário à hierarquia dos feudos. Este modelo de anexar e explorar o próximo ainda persiste na atualidade. Aliás, estamos a ser submissos e continuamente devedores de quem nos alimenta, fornece as máquinas, a energia e por aí adiante.
 

A estratégia de domínio foi preparada de forma ardilosa, está nos genes dos germanos. Corremos para eles ao engodo do sonho europeu, forjámos orçamentos julgando que os ludibriávamos com o sucesso da nossa economia, quisemos “entrar” numa europa de onde nunca saímos; rogámos que nos aceitassem na condição de, modéstia à parte, pelintras. Estamos como queremos. Sem um tirinho à Hitler fomos subtilmente anexados pelas armas económicas.
 

Temos o castelo feudal no centro da europa de onde irradia a força catalisadora e hegemónica, qual estrela que nos atrai. Esta energia centrípta, referenciada na geografia urbana, diz-nos que em torno das grandes metrópoles gravitam outras cidades mais pequenas, seguidas das vilas, até chegarmos à base, as aldeias. Seguindo esta lógica do grande atrair o pequeno, Portugal está na base da pirâmide europeia.
 

Podemos estar irremediavelmente sujeitos a estes fenómenos de forças enigmáticas, mas não nos devemos resignar à condição de servos dos bárbaros. No passado atirámo-nos ao mar. E agora como nos libertamos deste renovado aperto? A indústria na penúria, os campos de pousio, o leite entornado, os carris sem bitola, tanto mar sem barcos, a espanha, sempre a espanha, a querer ferrar o dente, o céu altíssimo a expandir-se…

Há sempre uma saída!

Obs: Texto escrito de acordo com: uma no cravo outra na ferradura
 

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