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Quarta-feira ,24 Abril, 2024
Sociedade

12º Aniversário – Associação de Caçadores da Serra do Alecrim “As verdades que não passam na comunicação social”

Independentemente do dia da semana, “é sagrado, para nós a caça aos tordos abre sempre a 1 de dezembro” referiu, ao Portal de Alcanede, o presidente da Associação de Caçadores da Serra do Alecrim, de Valverde.

Trata-se de uma tradição, mas também de uma estratégia, “como as associações vizinhas começam a caçar mais cedo, o tordo refugia-se por aqui. Atualmente já não é bem assim, não sei porquê!”, desabafou Joaquim Bento.

Trata-se de um trabalho que não se vê a olho nu, “temos a preocupação, não apenas de caçar, mas de colocar bebedouros ao longo do ano para as várias espécies, alimento e roças de mato onde há mais vegetação”.

Nesta jornada de comemoração dos 12 Anos da associação, “tivemos um dia de tordos excelente”. Um dia de festa, “onde fizemos questão de convidar toda a população. Pena que não tenha vindo mais gente, mas foi positivo e a casa estava composta”, disse Joaquim Bento.

Participante ativo no evento, Manuel Joaquim Vieira, referiu na intervenção à plateia presente no almoço convívio, ” é muito importante que a associação traga aqui a população que colabora com as suas terras para que seja possível caçar”, salientou o presidente da Junta de Freguesia de Alcanede.

Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de Santarém destacou que, “o que tivemos aqui a falar durante este convívio foi de preservar espécies. E esta é uma verdade que, muitas vezes, não passa na comunicação social”, disse Ricardo Gonçalves.

“Quem vive nas cidades tem dificuldade, regra geral, em dar valor à caça e a outras atividades do mundo rural que ficam esquecidas, mas que dão vida a estas terras”, referiu à nossa reportagem o presidente da Fencaça, Jacinto Amaro.

O dirigente da maior organização de caçadores em Portugal enunciou, ao Portal de Alcanede, os maiores constrangimentos atuais da atividade cinegética, “as doenças, o desaparecimento praticamente do coelho nestes territórios, a mixomatose das lebres, a diminuição das espécies migratórias e as alterações de habitat agrícolas”, foram alguns exemplos.

O hibridismo da perdiz vermelha brava, “a nossa espécie emblemática” é, segundo Jacinto Amaro, também motivo de grande preocupação, “algo que nos deixa preocupados pela largada de perdizes de má qualidade”, afirmou.

O coletivo de caçadores na média dos 60 anos em Portugal é também motivo de apreensão “ é preciso renovar o que está a ficar envelhecido” desabafou, Jacinto Amaro.

No aniversario da Associação de Caçadores da Serra do Alecrim marcaram presença, entre outras entidades convidadas, o vereador da Câmara Municipal de Santarém, Jorge Rodrigues e o vereador e deputado, Nuno Serra.

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